DESAFIOS E AVANÇOS NA ABORDAGEM DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024264p603Palavras-chave:
Insuficiência cardíaca, Fração de ejeção do ventrículo esquerdo, Cardiomiopatias, Disfunção ventricular esquerda, Terapêutica farmacológicaResumo
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada por uma tríade de sintomas, sinais e evidências objetivas de disfunção cardíaca. A síndrome é dividida em subtipos com base na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Quando a FEVE está abaixo de 40%, isso é denominado insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr). A ICFER é caracterizada pela superativação do eixo neuro-hormonal – particularmente do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Inicialmente, essa é uma resposta adaptativa, mas que se torna desadaptativa e resulta na retenção de sal e água e, em seguida, em uma cascata de consequências deletérias relacionadas com efeitos hemodinâmicos e fibrose. A importância dos diuréticos para aliviar a congestão e melhorar a morbidade deve ser considerada em todos os pacientes, mas nas últimas décadas, ensaios estabeleceram a importância do antagonismo farmacológico desses eixos na melhoria da morbidade e mortalidade em pacientes com ICFEr. Mais recentemente, agentes farmacológicos direcionados a outras vias neuro-hormonais demonstraram oportunidades adicionais para melhores resultados em pacientes com ICFEr, sendo os principais deles o ARNI) e os inibidores da SGLT2.