ENFRENTAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024486p47Palavras-chave:
Violência física, Agressão psicológica, Cuidados de enfermagem, GravidezResumo
O ato de gerar uma vida, engravidar, envolve diversos aspectos internos e externos de uma mulher. Além das mudanças hormonais, aspectos culturais e de emprego resultam em dificuldades financeiras para essa grávida, gerando conflitos familiares, devido às mudanças no processo de engravidar. A violência entre parceiros é um desafio relevante na saúde pública, afetando principalmente as mulheres. Existem diversas formas de violência entre parceiros, como violência física, sexual, perseguição e abuso emocional. Muitas vezes esses casos de violência são subnotificados. As consequências da violência física incluem fraturas, cortes, lesões na cabeça, infecções sexualmente transmissíveis, gravidezes não desejadas devido à violência sexual, além de diversos problemas de saúde. Os impactos na saúde mental incluem um maior risco de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e suicídio. Outra forma de violência enfrentada pela grávida é o processo de hospitalização e cuidados pela equipe multidisciplinar, com a falta de participação da grávida nas decisões sobre seu corpo e feto, perguntas não respondidas, presença de outras pessoas durante o momento de intimidade da parturiente. Tudo isso resulta em um aumento no risco de complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascer, restrição no crescimento fetal, além de problemas familiares e de ansiedade, crises de pânico na mulher durante o período pós-parto. Neste artigo, analisamos de forma mais detalhada os aspectos mencionados anteriormente e apresentamos os princípios fundamentais para a prevenção da violência em gestantes. Detalharemos as diretrizes atuais para o rastreamento da violência entre parceiros e as evidências sobre a eficácia das intervenções contra a violência entre parceiros.