DERRAME PERICÁRDICO: UMA ANÁLISE ATUALIZADA DAS ESTRATÉGIAS DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p197Palavras-chave:
Pericardite, Pericárdio, Derrame Pericárdico, Tamponamento Cardíaco, EcocardiografiaResumo
O derrame pericárdico (DP) é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal de fluido no espaço pericárdico, a cavidade entre as camadas do pericárdio que envolvem o coração. Pode ser causado por uma variedade de condições, incluindo infecções virais, inflamação, malignidades, insuficiência cardíaca congestiva, trauma e doenças autoimunes. Os sintomas podem variar desde desconforto torácico até insuficiência cardíaca aguda, dependendo do volume e da velocidade de acumulação do fluido. O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de história clínica, exame físico e exames complementares, como ecocardiografia, radiografia torácica, tomografia computadorizada e ressonância magnética cardíaca. O ecocardiograma é considerado o método mais sensível e específico para identificar e quantificar o derrame pericárdico, permitindo a avaliação da gravidade e das possíveis complicações, como tamponamento cardíaco. O tratamento depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Em casos leves a moderados, pode-se optar por uma abordagem conservadora, com repouso e acompanhamento clínico regular. No entanto, em casos mais graves ou sintomáticos, pode ser necessária a drenagem pericárdica por meio de pericardiocentese, um procedimento minimamente invasivo que envolve a inserção de uma agulha ou cateter no espaço pericárdico para remover o fluido excessivo. O prognóstico varia de acordo com a causa subjacente, da gravidade dos sintomas e da prontidão do diagnóstico e tratamento. Complicações potenciais incluem tamponamento cardíaco, pericardite constritiva e recorrência do derrame. Por isso, uma abordagem multidisciplinar e uma vigilância clínica adequada são essenciais para garantir um manejo eficaz e uma melhor qualidade de vida para os pacientes afetados por essa condição.