APLICAÇÕES CLÍNICAS E AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA AVALIAÇÃO DA RESERVA DE FLUXO FRACIONÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p445Palavras-chave:
Doença arterial coronariana, Circulação coronariana, Hemodinâmica, Estresse fisiológico, Angiografia coronáriaResumo
A reserva de fluxo fracionário (FFR) é uma importante medida de avaliação da gravidade da obstrução coronariana e para a tomada de decisões terapêuticas, principalmente, em pacientes com doença arterial coronariana (DAC). Esse parâmetro indica a capacidade de o vaso sanguíneo fornecer fluxo sanguíneo adequado ao músculo cardíaco durante o estresse induzido pelo exercício ou agentes farmacológicos. A determinação da FFR é frequentemente realizada durante um procedimento de cateterismo cardíaco, onde um fio sensor é inserido no vaso coronário para medir as pressões distais e proximais à estenose. A relação entre essas pressões, quando o vaso está em repouso e quando é submetido a estresse, fornece o valor da FFR. Seu valor normal é considerado igual ou superior a 0,80, indicando que o vaso é capaz de fornecer fluxo sanguíneo adequado ao músculo cardíaco. Valores de FFR abaixo de 0,80 sugerem que a estenose está restringindo o fluxo sanguíneo e podem justificar intervenções coronárias invasivas, como angioplastia com ou sem colocação de stents. A utilidade da FFR vai além da simples visualização anatômica das obstruções coronarianas. Estudos demonstraram que a orientação terapêutica com base na FFR pode resultar em melhores desfechos clínicos em comparação com a avaliação anatômica convencional. Além disso, avanços tecnológicos têm permitido o desenvolvimento de sistemas de FFR sem fio e guias de pressão mais avançados, tornando o procedimento mais acessível e preciso.