ENTENDENDO A RELACÃO ENTRE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E DEPRESSÃO E: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p623Palavras-chave:
Depressão, Ansiedade, Doença cardiovascular, Inflamação, Qualidade de vidaResumo
A depressão e as doenças cardiovasculares estão intrinsecamente ligadas por uma rede complexa de fatores biológicos, psicológicos e comportamentais. A depressão é um fator de risco independente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumentando a suscetibilidade a eventos como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Além disso, pacientes com doenças cardiovasculares têm uma prevalência significativamente maior de depressão em comparação com a população em geral. Múltiplos mecanismos fisiopatológicos foram propostos para explicar a relação entre depressão e doenças cardiovasculares, incluindo inflamação crônica, disfunção autonômica, estresse oxidativo, alterações no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e modificação do comportamento de saúde, como tabagismo, má alimentação e sedentarismo. A inflamação tem emergido como um elo crucial entre a depressão e as doenças cardiovasculares, com citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), desencadeando respostas inflamatórias sistêmicas que contribuem para a progressão da aterosclerose e disfunção endotelial. Além disso, a depressão está associada a comportamentos de risco cardiovascular, como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e aderência reduzida ao tratamento médico. Esses fatores comportamentais e psicossociais podem amplificar o impacto da depressão na saúde cardiovascular. Abordagens terapêuticas integradas, incluindo intervenções farmacológicas e psicossociais, são essenciais para gerenciar eficazmente a depressão em pacientes com doenças cardiovasculares. A identificação precoce e o tratamento adequado da depressão podem não apenas melhorar os resultados psicológicos, mas também reduzir o risco de eventos cardiovasculares adversos e melhorar a qualidade de vida geral dos pacientes.