DROGAS ANSIOLÍTICAS: QUAIS OS RISCOS E OS PERIGOS DA AUTOMEDICALIZAÇÃO DA VIDA COTIDIANA?

Autores

  • Emerson Pier de Almeida
  • Vagner Paulo Vicari
  • Jamilly Macêdo Cruz
  • Maria Auricélia Pereira Braz Lavor
  • Maria Helena do Nascimento Cordeiro

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025806p61

Palavras-chave:

Automedicação, Ansiolíticos, Mercantilização da Saúde, Medicalização

Resumo

A mercantilização dos ansiolíticos-drogas medicamentosas, cujo mecanismo de ação é agir no controle do fenômeno ansioso- no Brasil tem impulsionado a automedicação, configurando um problema de saúde pública de grandes proporções. A influência da indústria farmacêutica, aliada à ampla disponibilidade desses medicamentos e à fragilidade na fiscalização, tem levado ao consumo indiscriminado de substâncias psicotrópicas sem prescrição médica de forma adequada e segura. Esse fenômeno está diretamente ligado à medicalização da vida cotidiana, na qual transtornos emocionais complexos são tratados de forma simplista e reducionista, reforçando a ideia de que o bem-estar pode ser adquirido exclusivamente por meio de fármacos. O presente estudo, de abordagem qualitativa e revisão bibliográfica, analisa os impactos da mercantilização dos ansiolíticos na disseminação da automedicação no Brasil. Foram investigados os principais fatores que contribuem para esse processo, os riscos associados ao uso indevido desses medicamentos e as estratégias regulatórias existentes. Os resultados indicam que a automedicação com ansiolíticos pode gerar efeitos adversos graves, como dependência química, aumento da tolerância e crises de abstinência sem precedentes. Além disso, a medicalização excessiva desconsidera alternativas terapêuticas mais seguras, como a psicoterapia e práticas integrativas e socias. Diante desse cenário, faz-se necessária uma regulamentação mais rígida no tange a venda de ansiolíticos, bem como campanhas educativas voltadas para a conscientização da população sobre os principais riscos que automedicação pode estar trazendo. A adoção de políticas públicas eficazes e o fortalecimento do acesso a tratamentos alternativos são pontos fundamentais para reduzir a dependência excessiva de fármacos e promover uma abordagem mais humanizada, integrativa e segura para a saúde mental.

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Publicado

2025-03-31

Como Citar

Almeida, E. P. de ., Vicari , V. P. ., Cruz, J. M. ., Lavor , M. A. P. B. ., & Cordeiro, M. H. do N. . (2025). DROGAS ANSIOLÍTICAS: QUAIS OS RISCOS E OS PERIGOS DA AUTOMEDICALIZAÇÃO DA VIDA COTIDIANA?. Epitaya E-Books, 1(97), 61-74. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025806p61

Edição

Seção

Capítulo de Livro