TERAPIAS EMERGENTES PARA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p13Palavras-chave:
Insuficiência cardíaca, Terapia celular, Células-tronco, Nanotecnologia, ExossomosResumo
A insuficiência cardíaca avançada (ICA) continua sendo um grande desafio clínico, impulsionando o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Entre as abordagens emergentes, destacam-se as terapias celulares, a engenharia tecidual, os exossomos e a nanotecnologia. As terapias celulares, como o uso de células-tronco mesenquimais e cardiomiócitos derivados de células-tronco pluripotentes, visam regenerar o tecido miocárdico e restaurar sua função. Ensaios clínicos demonstram melhora na contratilidade cardíaca e na perfusão miocárdica, embora desafios como a baixa retenção celular e a imunogenicidade ainda precisem ser superados. A engenharia tecidual também surge como uma alternativa promissora, utilizando biomateriais e scaffolds tridimensionais para promover a reparação do miocárdio. A bioimpressão 3D de tecidos cardíacos e a diferenciação celular orientada representam avanços significativos na criação de enxertos funcionais. Os exossomos, vesículas extracelulares derivadas de células-tronco, têm ganhado destaque por seu potencial de promover regeneração miocárdica sem os riscos associados ao transplante celular. Eles atuam na modulação da inflamação, na angiogênese e na proteção das células cardíacas contra danos oxidativos. Estudos iniciais indicam que a terapia com exossomos pode melhorar a função ventricular e reduzir a progressão da ICA. A nanotecnologia também representa uma inovação promissora, permitindo a entrega direcionada de fármacos, RNA terapêutico e biomoléculas para células cardíacas. Nanopartículas funcionalizadas podem aumentar a biodisponibilidade dos tratamentos e reduzir efeitos adversos, otimizando a regeneração miocárdica e a proteção celular. Essas terapias emergentes apresentam grande potencial para transformar o tratamento da ICA, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Contudo, mais estudos são necessários para garantir sua eficácia e segurança antes da aplicação clínica em larga escala.

