DESEMPENHO COGNITIVO E LESÃO POR PRESSÃO EM IDOSOS INTERNADOS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2021229p102Palavras-chave:
Enfermagem Geriátrica, Envelhecimento da Pele, Lesão por Pressão, Cognição, HospitalizaçãoResumo
Objetivo: analisar a associação entre desempenho cognitivo e lesão por pressão. Métodos: estudo transversal, realizado com amostra por conveniência de 202 idosos internados, no período de setembro de 2017 a janeiro de 2018, em um hospital de ensino da região dos Campos Gerais. A coleta de dados contemplou rastreio cognitivo, questionário sociodemográfico/clínico e exame físico de pele para avaliação de lesões por pressão. Os dados apurados foram organizados e analisados por meio do software Stata® versão12, inicialmente submetidos á análise exploratória e descritiva, subsequentemente a análise confirmatória, sendo calculadas as prevalências e razões de prevalência (RP). Para investigar a associação entre as variáveis, foram aplicados os testes de hipóteses Qui-Quadradro e exato de Fisher, com significância estatística de p<0,05. Resultados: a presença de lesão por pressão foi verificada em 36 (17,8%) idosos, nesses houve predomínio do sexo masculino (61,1%), faixa etária de 60–70 anos (41,6%), baixa escolaridade (55,7%), cor da pele branca (63,9%), não tabagistas (77,7%), portadores de doenças crônicas (97,2%), mobilidade restrita (66,7%), tempo de internação de 1–10 dias (52,7%), e em uso de dispositivos médicos (88,9%). Observou-se que o baixo desempenho cognitivo (escore de 0–13 pontos no MEEM) foi um fator independente e significativamente associado à presença de lesões por pressão (RP=3,26; p=0,004). Conclusão: analisou-se que o baixo desempenho cognitivo foi um fator independente e significativamente associado à presença de lesões por pressão. É fundamental identificar e direcionar intervenções voltadas à prevenção e monitoramento dessas condições que interferem significativamente na independência e autonomia do idoso.