CUIDADOS CARDÍACOS NO IDOSO: DA PREVENÇÃO ÀS DECISÕES TERAPÊUTICAS COMPLEXAS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p372Palavras-chave:
Doenças cardiovasculares, Idoso, Envelhecimento, Fragilidade, PolifarmáciaResumo
O manejo de doenças cardiovasculares (DCV) em idosos é um desafio crescente devido ao envelhecimento populacional e à alta prevalência de comorbidades nessa faixa etária. O envelhecimento está associado a alterações fisiológicas, como aumento da rigidez arterial, disfunção endotelial e maior predisposição a eventos cardiovasculares adversos. As principais DCVs em idosos incluem hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana e fibrilação atrial, sendo que o diagnóstico e tratamento precisam ser adaptados à fragilidade e às condições clínicas individuais. O tratamento farmacológico deve considerar a resposta alterada aos medicamentos, a presença de polifarmácia e o risco de interações medicamentosas. Estatinas, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e anticoagulantes são frequentemente prescritos, mas seu uso deve ser avaliado cuidadosamente. Em casos de fragilidade ou expectativa de vida reduzida, estratégias de desprescrição podem ser benéficas para evitar eventos adversos. Além do tratamento medicamentoso, intervenções não farmacológicas, como reabilitação cardíaca, controle de peso, cessação do tabagismo e atividade física adaptada, são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de novas complicações. O acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, é essencial para um cuidado integral e personalizado. A tomada de decisão no manejo das DCVs em idosos deve considerar os princípios da medicina geriátrica, priorizando a funcionalidade, a qualidade de vida e os objetivos do paciente. Estratégias individualizadas e baseadas em evidências são fundamentais para otimizar os desfechos clínicos e promover um envelhecimento saudável.

