POLUIÇÃO DO AR: UM FATOR DE RISCO EMERGENTE PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p82Palavras-chave:
Poluição do ar, Doenças cardiovasculares, Material particulado, Inflamação sistêmica, Saúde públicaResumo
A poluição ambiental é um dos principais desafios de saúde pública do século XXI, com um impacto significativo sobre o sistema cardiovascular. Estudos demonstram que a exposição a poluentes atmosféricos, como material particulado (MP), óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio (O3), está associada a um aumento na morbidade e mortalidade cardiovascular. O material particulado, especialmente o MP2.5, pode penetrar profundamente nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, provocando inflamação sistêmica, estresse oxidativo e disfunção endotelial, fatores que contribuem para a aterosclerose e eventos cardiovasculares agudos, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, a poluição do ar afeta populações vulneráveis, como idosos e indivíduos com doenças pré-existentes, exacerbando condições como hipertensão e insuficiência cardíaca. A interação entre poluentes e fatores de risco cardiovascular, como obesidade e diabetes, amplifica os efeitos adversos da poluição no coração e nos vasos sanguíneos. Medidas para reduzir a exposição a poluentes, como políticas de controle da qualidade do ar, são cruciais para mitigar esses riscos. É preciso estar cientes das implicações da poluição ambiental na saúde cardiovascular e considerar esses fatores em suas práticas clínicas. A conscientização e a educação dos pacientes sobre os riscos da poluição do ar, bem como a promoção de intervenções para minimizar a exposição, são fundamentais. A pesquisa contínua é necessária para entender melhor os mecanismos subjacentes e desenvolver estratégias de prevenção eficazes. Em suma, a poluição ambiental representa uma ameaça significativa à saúde cardiovascular, exigindo uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema de saúde pública.

