TERAPIA DE ABLAÇÃO PARA TAQUICARDIA VENTRICULAR: INDICAÇÕES, TÉCNICAS E RESULTADOS

Autores

  • Andrey Vega Matos
  • Erick Eannes Moura Bringel
  • Gabriel Borges Bessa Abdallah Khachab
  • José Correia de Souza
  • Luís Augusto Antônio de Rezende
  • Pabllo Sammuell Furtado Cortez
  • Sebastião Olacy de Souza Júnior
  • Wilmer Reverte da Costa
  • Gabriele Gianfelice
  • Vinícius Silva Viana

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p201

Palavras-chave:

Taquicardia ventricular, Ablação por cateter, Eletrofisiologia cardíaca, Arritmias cardíacas, Mapeamento cardíaco

Resumo

A ablação por cateter tem se consolidado como uma terapia eficaz no manejo de arritmias ventriculares, sobretudo em pacientes com taquicardia ventricular sustentada (TVS) associada à cardiopatia estrutural ou em casos refratários à farmacoterapia. Com o avanço das tecnologias de mapeamento eletroanatômico e a introdução de cateteres com melhor desempenho térmico, os resultados clínicos têm se tornado mais favoráveis, tanto em termos de controle da arritmia quanto na redução de hospitalizações e mortalidade. A abordagem da ablação varia conforme o substrato anatômico e eletrofisiológico da arritmia. Em pacientes com infarto prévio, por exemplo, a TVS frequentemente se origina de áreas de cicatriz miocárdica, sendo necessário o mapeamento detalhado dessas regiões para identificar e eliminar os canais de condução lenta. Já em miocardiopatias não isquêmicas, a distribuição heterogênea do substrato arritmogênico demanda estratégias mais complexas, frequentemente incluindo mapeamento epicárdico. A seleção adequada dos pacientes é essencial para o sucesso do procedimento. Fatores como classe funcional da insuficiência cardíaca, presença de dispositivo implantável (CDI), resposta à terapia medicamentosa e risco de recorrência devem ser considerados. Além disso, a ablação pode ser indicada como terapia adjuvante em pacientes com múltiplas intervenções do CDI por TVS ou em casos de TV incessante. Apesar dos avanços, o procedimento ainda envolve riscos, como lesão coronariana, tamponamento cardíaco e complicações vasculares. Por isso, a realização em centros especializados, com equipe experiente e suporte multidisciplinar, é imprescindível. Estudos recentes continuam a demonstrar o impacto positivo da ablação na qualidade de vida e na sobrevida de pacientes selecionados, reforçando seu papel como opção terapêutica de destaque no arsenal da eletrofisiologia cardíaca.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Matos, A. V. ., Bringel, E. E. M. ., Khachab, G. B. B. A. ., Souza, J. C. de ., Rezende, L. A. A. de ., Cortez, P. S. F. ., Souza Júnior, S. O. de ., Costa, W. R. da ., Gianfelice, G. ., & Viana, V. S. . (2025). TERAPIA DE ABLAÇÃO PARA TAQUICARDIA VENTRICULAR: INDICAÇÕES, TÉCNICAS E RESULTADOS. Epitaya E-Books, 1(104), 201-216. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p201

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