CUSTO DO ABSENTEÍSMO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2020137p19Palavras-chave:
Custo e análise de custo, Absenteísmo, Saúde do TrabalhadorResumo
Este estudo teve como objetivos: Estimar o custo médio do absenteísmo dos profissionais de enfermagem de um hospital universitário do Rio de Janeiro; identificar os principais CIDs geradores de absenteísmo; discutir suas implicações na perspectiva da saúde do trabalhador. Método: Estudo de avaliação econômica parcial, do tipo Análise de Impacto Orçamentário, de natureza descritiva e abordagem quantitativa. Foi utilizada amostra de 300 prontuários dos profissionais de enfermagem (74 enfermeiros, 52 técnicos de enfermagem e 174 auxiliares de enfermagem). Realizou-se levantamento dos afastamentos por motivo de saúde homologados junto ao setor de perícias da instituição, entre os anos de 2015 a 2017. Resultados: Observou-se predomínio do sexo feminino, com faixa etária majoritária entre 46 e 50 anos. Dentre as motivações para ocorrência do absenteísmo destacam-se os transtornos mentais, doenças osteomusculares, neoplasias e lesões, envenenamentos e outras causas de consequências externas. Identificou-se altos índices de absenteísmo entre as três categorias, com destaque para os técnicos de enfermagem. Ao longo dos três anos foram registrados um total de 953 licenças médicas, totalizando 17.344 dias de ausências registradas, correspondendo a uma estimativa de custo de R$ 2.053.763,84. Os auxiliares de enfermagem corresponderam a categoria que representou maior estimativa de custo. Conclusão: Os resultados apresentados apontam necessidade de atenção ao índice de absenteísmo, além de implementação de medidas de prevenção e promoção à saúde dos profissionais da equipe de enfermagem, visando a redução do adoecimento dos profissionais, bem como redução do custo gerado com a ocorrência de novos casos de absenteísmo na instituição analisada. Implicações para a enfermagem: O absenteísmo por motivo de doença desestrutura a organização do trabalho da equipe de enfermagem, gerando sobrecarga para os trabalhadores presentes, além de gerar um círculo vicioso de adoecimentos e ausências ao trabalho.