A Destruição Ambiental Entre o Instinto, a Sociopatologia e a Sublimação: Contribuições da Psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2021328p132Palavras-chave:
Meio ambiente, Pulsão de morte, Mal-estar na civilizaçãoResumo
O presente trabalho tem como objetivo entender, a partir da obra de Freud O Mal estar na Civilização, em que medida as pulsões internas e as influências sociopatológicas impelem o ser humano à destruição do meio ambiente e até que ponto a sublimação dessas metas instituais podem reverter ou minimizar tais atitudes. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa e bibliográfica, em que foi utilizado o método psicanalítico, consagrado como um método de interpretação: da histeria, das neuroses, dos sintomas, dos sonhos, ou seja, de tudo o que é produzido pelo próprio sujeito de desejo em seu processo de humanização. Como resultado das discussões observou-se que diante da impossibilidade de controle das pulsões e do crescente movimento hiperconsumista que assola a sociedade contemporânea, o desafio da educação é apresentar ao sujeito de desejo alternativas em todos os campos em que, direta ou indiretamente, o sujeito se depara com a necessidade de uma intervenção no ambiente em que vive e que o sustenta. Ressalta-se, portanto, que os processos sociopatológicos precisam ser denunciados e desestimulados, apresentando-se aos sujeitos novas modalidades de libido. Considera-se finalmente que o exercício da educação é a melhor maneira de repressão instintual, visando deslocar o sentimento de satisfação que seria obtido na agressividade para outras atividades igualmente ou mais prazerosas.
Palavras-chave: Meio ambiente; pulsão de morte; mal-estar na civilização.