Automutilação na Adolescência: Compreendendo a Prática Entre Alunos de Uma Escola Privada de Natal/RN

Autores

  • Marcolino Helbertt de Freitas UNINASSAU
  • Luciana Rodrigues Bezerra Lapefen

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2021366p9

Palavras-chave:

adolescência, automutilação, psicologia, grupos reflexivos, escola

Resumo

Resumo: A adolescência é uma fase muito complexa e dinâmica. É uma etapa de transição importante entre a infância e vida adulta, muitas vezes marcada não só pelas mudanças físicas como também seus comportamentos sociais. As automutilações são caracterizadas por autolesões em diversas partes do corpo: braços, coxas, barriga, entre outros. Observa-se que na adolescência o fenômeno tem aumentado consideravelmente e fica perceptível quando estamos inseridos em locais que os jovens estão presentes, especialmente no ambiente escolar. O propósito deste trabalho é relatar uma experiência de intervenção realizada em uma escola privada no município de Natal/RN, objetivando compreender a prática da automutilação entre os jovens e trazendo a reflexão sobre como lidar com os sentimentos que o levam a externalizá-los dessa forma. Após os relatos dos jovens que eram adeptos da prática, durante os plantões psicológicos, foi realizado um estudo de campo qualitativo descritivo observacional, de cunho fenomenológico. Adolescentes de 12 a 16 anos, sem escolha de gênero e que durante o plantão psicológico relataram já ter praticado ou estar praticando a automutilação, foram convidados a participar de um grupo reflexivo em que foram desenvolvidos trabalhos de acordo com as demandas apresentadas nos relatos. Foi possível compreender que vários fatores levam os jovens a praticar a automutilação como fuga de sentimento que se encontra latente naquele momento, como distorção da imagem corporal, instabilidade emocional, baixa autoestima, desvalorização por parte de seus familiares e relacionamentos amorosos conflituosos. As atividades trouxeram resultados positivos, uma vez que os temas foram debatidos trazendo o diálogo como uma forma de expressar esse sentimento e fazer com que os próprios jovens conseguissem encontrar uma forma de solucionar as dificuldades estando à frente delas. Diante do exposto, entende-se que há a necessidade de mais pesquisas que contribuam para a compreensão do tema.

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Publicado

2021-11-27

Como Citar

Freitas, M. H. de, & Bezerra, L. R. . (2021). Automutilação na Adolescência: Compreendendo a Prática Entre Alunos de Uma Escola Privada de Natal/RN. Epitaya E-Books, 1(11), 09-23. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2021366p9

Edição

Seção

Capítulo de Livro