Fatores de Risco Para Candidíase Vulvovaginal: Estudo Com Universitárias de Joinville, SC
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023670p134Palavras-chave:
saúde da mulher, candidíase vulvovaginal, dietoterapiaResumo
A candidíase vulvovaginal é a segunda infecção vaginal mais comum entre as mulheres, afetando 75% destas ao menos uma vez na vida. O tratamento convencional medicamentoso apresenta diversos efeitos colaterais, sendo também relacionado à resistência do fungo. A fim de avaliar a diferença entre os hábitos pessoais, intestinais e alimentares de mulheres adultas que apresentaram ou não candidíase vulvovaginal e Candidíase vulvovaginal recorrente, foi realizada uma pesquisa de caráter observacional com 211 estudantes de um Centro Universitário em Joinville, Santa Catarina, por meio de um intrumento de pesquisa digital e os dados coletados foram analisados estatisticamente. Dos hábitos pessoais investigados, apenas o uso de protetor -íntimo diário foi significativamente mais frequente entre as mulheres que apresentaram a doença (p= 0,0302). O hábito intestinal alterado (constipação e/ou diarréia) foi relatado por 32% das participantes (n=24), porém não houve prevalência significativa entre mulheres que não apresentaram e que apresentaram episódios de Candidíase vulvovaginal, de forma esporádica ou recorrente. Foi identificada maior frequência de ingestão de frutas secas entre as mulheres que relataram recorrência da infecção nos últimos 12 meses (p=0,0387), porém não houve diferença significativa da ingestão dos demais alimentos investigados e a frequência de ocorrência da infecção (p>0,05). Ficou evidenciada a multifatoriedade da doença, que abrange uma série de fatores de risco como imunosupressão do hospedeiro, além de fatores genéticos e psicológicos.