HEMOGRAMA X COVID
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023878p169Palavras-chave:
hemograma, covid-19, SARS-CoV-2Resumo
O primeiro caso de COVID-19 foi identificado na China em dezembro de 2019, e desde então a doença se espalhou rapidamente pelo mundo. Devido à sua alta transmissibilidade e gravidade, é importante diagnosticar a COVID-19 para tomar medidas para contê-la. Além da contagem de hemácias, o eritrograma pode fornecer informações sobre a integridade, assim a observação morfológica dos eritrócitos pode detectar alterações no tamanho, forma, cor e inclusões intra-eritrocitárias. Ao analisar o hemograma de pacientes com COVID-19, a linfopenia é o principal elemento a ser avaliado, sendo fortemente associada a uma piora da doença em casos graves. Pacientes internados em UTIs tendem a apresentar maior neutrofilia. A contagem de glóbulos brancos pode apresentar variações, incluindo leucopenia, leucocitose, eosinopenia e linfopenia grave. A linfopenia grave está associada a um maior risco de mortalidade, não foram observadas grandes variações na contagem de plaquetas ao longo da evolução dos pacientes. A apresentação clínica da COVID-19 é heterogênea, incluindo pacientes assintomáticos e casos graves que podem levar à morte, pois o vírus SARS-CoV-2 utiliza a enzima ECA2 como porta de entrada nas células humanas, causando liberação de fatores inflamatórios e ativação do sistema imunológico, o que pode levar à inflamação e danos nos tecidos. Esses pacientes com COVID-19 podem também apresentar risco aumentado de complicações trombóticas e coagulopatias, o que justifica a necessidade de orientações para monitorização da hemostase e terapia anticoagulante. É importante a realização de exames hematológicos laboratoriais para monitorar a infecção por SARS-CoV-2 e auxiliar no prognóstico e tratamento da doença. O hemograma completo é capaz de avaliar quantitativa e qualitativamente toda a linhagem hematopoiética, sendo útil para o diagnóstico de infecções comuns na população.