ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS DO PERICÁRDIO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024264p201Palavras-chave:
Pericárdio, Pericardite, Pericardite tuberculosa, Anti-inflamatórios não esteroides, CorticosteroidesResumo
As doenças pericárdicas constituem um grupo heterogêneo de entidades, variando desde a pericardite aguda até derrames pericárdicos assintomáticos. O diagnóstico de pericardite aguda pode ser feito quando dois dos seguintes critérios estão presentes: dor torácica, tipicamente aguda e pleurítica, que melhora ao sentar-se e inclinar-se para frente; fricção pericárdica; alterações no eletrocardiograma, com elevação generalizada do segmento ST ou depressão PR na fase aguda; e derrame pericárdico. Além disso, os biomarcadores podem ajudar, uma vez que níveis elevados de proteína C reativa (PCR) são frequentemente encontrados em pacientes com pericardite aguda. Após a primeira ocorrência de pericardite aguda, a doença pode ser caracterizada por uma resolução completa dos sintomas, mas um subconjunto de pacientes acabará por desenvolver uma ou mais recorrências separadas por um período de tempo variável entre cada crise, experimentando uma pericardite recorrente. A taxa de recorrência pode chegar a 50% em pacientes que foram submetidos a terapias à base de esteroides na primeira crise. As recorrências são definidas de acordo com os mesmos critérios diagnósticos. Outros pacientes podem desenvolvem um quadro crônico sem melhora sintomática. A tuberculose ainda representa a principal causa etiológica da pericardite aguda nos países em desenvolvimento, enquanto a chamada pericardite aguda idiopática é responsável pela maioria dos casos nos países desenvolvidos. Compreender os diferentes tipos de pericardite e os métodos de tratamento é a melhor forma de conduzir o paciente a uma melhora definitiva desse quadro.