PERSPECTIVAS E DESAFIOS DAS DROGAS ANTIARRÍTMICAS: MITIGANDO O RISCO DE PROARRITMIA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p13Palavras-chave:
Antiarrítmicos, Proarritmia, Farmacologia cardiovascular, Toxicidade de drogas, Eletrofisiologia cardíacaResumo
As arritmias cardíacas continuam a ser uma importante fonte de morbidade e mortalidade e de aumento dos gastos com saúde nos países desenvolvidos. Apesar dos avanços nas terapias baseadas em cateteres e em procedimentos cirúrgicos, os medicamentos antiarrítmicos (DAAs) continuam sendo uma importante opção terapêutica para o tratamento agudo e crônico de muitas arritmias. No entanto, os medicamentos ativos na membrana têm eficácia limitada na supressão e prevenção de arritmias atriais e ventriculares, e muitos DAAs estão associados a toxicidade significativa. A eficácia na supressão da fibrilação atrial – a arritmia sustentada mais comum na prática clínica – é de cerca de 40 a 60%, com a possível exceção da amiodarona. A morte súbita cardíaca (MSC), que causa mais de 1 milhão de mortes/ ano somente nos Estados Unidos e na Europa, é mais comumente causada por fibrilação ventricular. Atualmente, não existem DAAs disponíveis que possam reduzir de forma confiável a mortalidade associada à MSC. Embora os cardioversores desfibriladores implantáveis (CDI) reduzam a mortalidade, eles não previnem a MSC. A falta de terapias farmacológicas eficazes para fibrilação atrial e MSC está relacionada não apenas à falta de compreensão da fisiopatologia subjacente das síndromes e à heterogeneidade de ambos os fenótipos, mas também à falha em direcionar a terapia para os mecanismos subjacentes.