PERSPECTIVAS ATUAIS SOBRE REVASCULARIZAÇÃO EM SÍNDROMES CORONARIANAS CRÔNICAS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p571Palavras-chave:
Doença da artéria coronariana, Revascularização miocárdica, Intervenção coronária percutânea, Cirurgia de revascularização miocárdica, Isquemia do miocárdioResumo
A doença arterial coronariana (DAC) estável foi recentemente substituída por uma nova entidade descrita como síndrome coronariana crônica (SCC). Essa nova entidade foi desenvolvida com base numa melhor compreensão da patogênese, das características clínicas e da morbimortalidade associada a esta condição como parte do espectro dinâmico da DAC. Isso tem implicações significativas no manejo clínico de pacientes com SCC, que vão desde a adaptação do estilo de vida, terapia médica direcionada a todos os elementos que contribuem para a progressão da DAC – ou seja, agregação plaquetária, coagulação, dislipidemia e inflamação sistêmica –, até estratégias invasivas (revascularização). A revascularização visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e reduzir eventos cardiovasculares adversos em pacientes com doença arterial coronariana crônica. As opções de revascularização incluem a intervenção coronária percutânea (ICP) e a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), cada uma com suas indicações específicas. A escolha entre essas modalidades é baseada em fatores clínicos, anatômicos e do paciente. Sendo a SCC a apresentação mais comum de doença arterial coronariana e a primeira doença cardiovascular no mundo, a terapia médica é atualmente considerada a terapia de primeira linha para esses pacientes. Mesmo assim, a revascularização e especialmente a intervenção coronária percutânea permanecem benéficas para alguns deles. As diretrizes europeias e americanas sobre revascularização miocárdica foram divulgadas em 2018 e 2021, respectivamente. Estas diretrizes fornecem diferentes cenários para ajudar na seleção da terapia ideal para pacientes com SCC.