EVOLUÇÃO DOS BIOMARCADORES CARDÍACOS: DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO APRIMORADOS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p31Palavras-chave:
Biomarcadores, Doenças cardiovasculares, Troponina, Metaloproteinases da matriz, MicroRNAs, ExossomosResumo
A identificação e utilização de biomarcadores cardíacos evoluíram significativamente nas últimas décadas, desempenhando um papel crucial no diagnóstico, prognóstico e monitoramento de doenças cardiovasculares. Inicialmente, enzimas como a creatina quinase MB (CK-MB) foram amplamente utilizadas para detectar lesão miocárdica, mas sua especificidade limitada impulsionou a busca por marcadores mais precisos. O advento da troponina cardíaca (cTn) revolucionou a cardiologia ao permitir a detecção precoce de lesões miocárdicas, sendo hoje o padrão-ouro no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM). Paralelamente, biomarcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa de alta sensibilidade (hs-CRP), demonstraram correlação com o risco cardiovascular, expandindo as possibilidades de estratificação de risco. Recentemente, moléculas como a ST2 e o fator de diferenciação de crescimento-15 (GDF-15) emergiram como preditores robustos de insuficiência cardíaca e mortalidade cardiovascular. Da mesma forma, metaloproteinases de matriz (MMPs) e seus inibidores têm sido investigados devido ao seu papel na remodelação vascular e na progressão da aterosclerose. Além disso, biomarcadores como endocan e galectinas vêm sendo explorados por sua associação com disfunção endotelial e inflamação. O avanço das técnicas ômicas, incluindo transcriptômica e proteômica, tem permitido a descoberta de novos biomarcadores, como microRNAs, que apresentam potencial diagnóstico e terapêutico. Esses avanços indicam uma tendência para a medicina personalizada, na qual perfis individuais de biomarcadores poderão guiar condutas terapêuticas mais eficazes. Com o contínuo desenvolvimento de tecnologias de alta sensibilidade e especificidade, espera-se que os biomarcadores cardíacos se tornem ainda mais precisos, permitindo intervenções precoces e reduzindo a morbimortalidade cardiovascular.

