O FUTURO DA CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA: DISPOSITIVOS INOVADORES

Autores

  • Eder Voltolini

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p84

Palavras-chave:

Cardiologia intervencionista, Procedimentos cardiovasculares, Stents farmacológicos, Tecnologias vestíveis, Telemedicina

Resumo

A cardiologia intervencionista é uma das áreas da medicina que mais se beneficia do avanço tecnológico, com dispositivos e técnicas inovadoras capazes de transformar o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento das doenças cardiovasculares. As tecnologias atualmente disponíveis já representam um salto significativo em relação às abordagens tradicionais, mas é o desenvolvimento contínuo de novas soluções que promete revolucionar ainda mais esse campo. Entre as tecnologias já aplicadas, destacam-se os stents farmacológicos de última geração, que associam alta biocompatibilidade com liberação controlada de fármacos, reduzindo a reestenose coronariana. Mais recentemente, os stents bioabsorvíveis surgiram como uma alternativa promissora, permitindo a reabsorção completa da estrutura após cumprirem sua função, reduzindo complicações tardias. Outro avanço importante é a utilização de válvulas cardíacas transcateter (TAVI e TMVI), que já são amplamente empregadas para tratamento minimamente invasivo de doenças valvares em pacientes de alto risco cirúrgico. Essas próteses evoluem continuamente, com materiais mais duráveis e sistemas de implantação cada vez mais precisos, muitas vezes guiados por inteligência artificial e softwares de modelagem tridimensional. A inteligência artificial, aliás, está no centro da revolução tecnológica da cardiologia intervencionista. Algoritmos avançados analisam grandes volumes de dados, identificam padrões sutis em imagens diagnósticas e oferecem suporte à decisão clínica em tempo real. Essa integração entre IA e plataformas de imagem, como tomografia de coerência óptica (OCT) e ultrassom intracoronário (IVUS), melhora a avaliação das lesões e a precisão do implante de dispositivos. Em desenvolvimento, sensores implantáveis e dispositivos de monitoramento remoto estão ganhando espaço. Esses sensores podem medir pressão arterial pulmonar, fluxo sanguíneo ou sinais elétricos em tempo real, permitindo ajustes terapêuticos personalizados antes que o paciente apresente sintomas graves. Essa tendência se conecta ao conceito de "cardiologia digital", que alia dispositivos conectados, monitoramento contínuo e análise preditiva. Outro campo promissor é a terapia genética e celular, que, associada a técnicas intervencionistas, pode futuramente reparar tecidos cardíacos danificados diretamente através de cateteres. Assim, a cardiologia intervencionista caminha para uma era em que os procedimentos serão cada vez mais personalizados, guiados por inteligência artificial e baseados em tecnologias que antecipam complicações, promovendo intervenções mais seguras e eficazes. Esses avanços têm potencial para transformar não só a prática médica, mas também a qualidade e a expectativa de vida de milhões de pacientes em todo o mundo.

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Publicado

2025-04-30

Como Citar

Voltolini, E. (2025). O FUTURO DA CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA: DISPOSITIVOS INOVADORES. Epitaya E-Books, 1(101), 84-106. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p84

Edição

Seção

Capítulo de Livro