INIBIDORES DE SGLT2 NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E DIABETES: MECANISMOS E BENEFÍCIOS CLÍNICOS

Autores

  • Liliane Balderrama Pinto

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p316

Palavras-chave:

Inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2, Diabetes mellitus tipo 2, Insuficiência cardíaca, Doença renal crônica, Terapia farmacológica

Resumo

Os inibidores do cotransportador de sódio-glicose tipo 2 (SGLT2) emergiram como uma classe terapêutica inovadora no manejo do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e da insuficiência cardíaca (IC). Inicialmente desenvolvidos para reduzir a reabsorção de glicose nos túbulos renais, esses fármacos demonstraram benefícios cardiovasculares e renais significativos, indo além do controle glicêmico. No contexto do DM2, os inibidores de SGLT2, como empagliflozina, dapagliflozina e canagliflozina, promovem a excreção urinária de glicose, levando à redução da glicemia e do peso corporal, além de efeitos benéficos na pressão arterial. Diferentemente das terapias convencionais, esses agentes atuam independentemente da insulina, reduzindo o risco de hipoglicemia. Estudos clínicos, como EMPA-REG OUTCOME, DAPA-HF e EMPEROR-Reduced, evidenciaram que os inibidores de SGLT2 reduzem a hospitalização por insuficiência cardíaca e a mortalidade cardiovascular, mesmo em pacientes sem diabetes. Seus mecanismos cardioprotetores incluem redução da sobrecarga de volume, melhora da função endotelial, diminuição da inflamação e modulação do metabolismo energético miocárdico. Na IC com fração de ejeção reduzida (ICFER), esses fármacos passaram a integrar as diretrizes internacionais como terapia de primeira linha, ao lado de inibidores da neprilisina e da angiotensina (ARNI), betabloqueadores e antagonistas dos receptores mineralocorticoides. Além disso, estudos recentes sugerem benefícios potenciais na IC com fração de ejeção preservada (ICFEP), ampliando seu espectro de indicações. No cenário renal, os inibidores de SGLT2 retardam a progressão da doença renal crônica, reduzindo albuminúria e preservando a função glomerular, um efeito crucial em pacientes com diabetes e alto risco cardiovascular. Diante desses achados, essa classe farmacológica se consolidou como um pilar no tratamento da IC e DM2, redefinindo paradigmas terapêuticos e proporcionando benefícios além do controle glicêmico, com impacto positivo na qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes.

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Publicado

2025-04-30

Como Citar

Pinto, L. B. . . (2025). INIBIDORES DE SGLT2 NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E DIABETES: MECANISMOS E BENEFÍCIOS CLÍNICOS. Epitaya E-Books, 1(101), 316-343. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p316

Edição

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