MANEJO MEDICAMENTOSO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: COMO MELHORAR A EFETIVIDADE DO TRATAMENTO?
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p430Palavras-chave:
Insuficiência cardíaca, Terapia medicamentosa, Polifarmácia, Adesão ao Tratamento, FarmacoterapiaResumo
A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas globalmente, representando um desafio significativo para a prática clínica devido à sua complexidade e elevada morbimortalidade. A otimização da terapia medicamentosa é um dos pilares fundamentais para o manejo eficaz da IC, visando melhorar a qualidade de vida, reduzir hospitalizações e diminuir a mortalidade. O tratamento farmacológico baseia-se no uso de inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (IECA, BRA e inibidores de neprilisina), betabloqueadores, antagonistas dos receptores mineralocorticoides e inibidores da SGLT2, além de ajustes individualizados conforme o perfil clínico do paciente. A individualização da terapia leva em consideração fatores como idade, função renal, comorbidades e tolerância aos fármacos. Estudos demonstram diferenças de resposta aos medicamentos com base no sexo, influenciando a eficácia e os efeitos adversos dos tratamentos. Além disso, a polifarmácia é um desafio comum na IC, exigindo monitoramento contínuo para evitar interações medicamentosas e garantir a adesão ao tratamento. Recentemente, estratégias inovadoras, como a farmacogenômica e o uso de inteligência artificial, têm sido exploradas para aprimorar a personalização da terapia, identificando biomarcadores que auxiliam na escolha do tratamento mais adequado. A adesão ao tratamento e a educação do paciente são aspectos críticos para o sucesso terapêutico, exigindo abordagens multidisciplinares que envolvem médicos, farmacêuticos e enfermeiros. A otimização da terapia medicamentosa na IC continua a evoluir, impulsionada por novas evidências científicas e avanços tecnológicos. A implementação de protocolos baseados em diretrizes atualizadas e a individualização do tratamento são essenciais para alcançar melhores desfechos clínicos, reduzindo a carga da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

