HIPERTENSÃO E DOENÇAS ASSOCIADAS COMO DESAFIO TERAPÊUTICO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p482Palavras-chave:
Hipertensão, Comorbidade, Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, TerapêuticaResumo
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica de alta prevalência global e um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Caracteriza-se por níveis persistentemente elevados da pressão arterial, frequentemente associada a diversas comorbidades, como diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade e doenças renais crônicas. A coexistência dessas condições agrava o prognóstico dos pacientes, aumentando o risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Estudos demonstram que mecanismos fisiopatológicos comuns, como resistência à insulina, disfunção endotelial e inflamação crônica, contribuem para a associação entre hipertensão e suas comorbidades. Além disso, fatores genéticos e ambientais, incluindo dieta inadequada, sedentarismo e estresse, desempenham papel crucial na progressão da HAS e suas complicações. O manejo da hipertensão em pacientes com comorbidades exige uma abordagem multidisciplinar, combinando mudanças no estilo de vida e terapias farmacológicas individualizadas. O controle rigoroso da pressão arterial, aliado à modulação dos fatores de risco metabólicos, pode reduzir significativamente a mortalidade e morbidade cardiovascular. Diretrizes recentes recomendam o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) e antagonistas dos canais de cálcio como opções terapêuticas eficazes, dependendo das condições associadas. A adesão ao tratamento é um desafio significativo, especialmente em pacientes polimedicados, demandando estratégias educacionais e intervenções para melhorar a compreensão da doença e otimizar os resultados terapêuticos. Diante da alta carga global da hipertensão e suas comorbidades, torna-se essencial o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir o impacto dessa condição na saúde pública.

