FATORES DE RISCO DOS EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS E SUA INFLUÊNCIA NA MORBIMORTALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p629Palavras-chave:
Tromboembolismo, Fatores de risco, Trombose venosa profunda, Embolia pulmonar, HipercoagulabilidadeResumo
Os eventos tromboembólicos, como trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP), representam um desafio significativo para a prática clínica devido à sua alta morbimortalidade. A identificação dos fatores de risco é fundamental para a prevenção e manejo adequado dessas condições. Os fatores de risco para eventos tromboembólicos podem ser classificados em adquiridos e hereditários. Entre os fatores adquiridos, destacam-se a imobilização prolongada, hospitalização, cirurgias de grande porte (especialmente ortopédicas e oncológicas), gestação e puerpério, uso de anticoncepcionais hormonais e terapia de reposição hormonal. Além disso, doenças neoplásicas, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica e infecções graves aumentam a propensão à trombose. O uso de cateteres venosos centrais e a presença de síndromes inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal, também contribuem para o risco trombótico. Os fatores hereditários envolvem mutações genéticas que predispõem à trombofilia, como a mutação do fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina (G20210A), deficiência de antitrombina, proteína C ou proteína S. Essas condições aumentam a tendência à hipercoagulabilidade, elevando o risco de eventos tromboembólicos, especialmente quando associadas a fatores adquiridos. A obesidade e o tabagismo também são fatores de risco bem estabelecidos, pois contribuem para disfunção endotelial e estado pró-coagulante. Pacientes com histórico prévio de eventos tromboembólicos apresentam risco aumentado de recorrência, reforçando a importância da profilaxia em situações de risco elevado. A avaliação dos fatores de risco deve ser feita de maneira sistemática, utilizando escores clínicos, que auxiliam na estratificação e definição das estratégias preventivas. A identificação precoce e o manejo adequado dos fatores predisponentes são essenciais para reduzir a incidência e as complicações dos eventos tromboembólicos, garantindo melhores desfechos clínicos e reduzindo a mortalidade associada.

