O PAPEL DA SUSTENTABILIDADE NOS AVANÇOS DA CARDIOLOGIA DIAGNÓSTICA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p657Palavras-chave:
Sustentabilidade, Cardiologia, Exames de imagem cardiovascular, Procedimentos invasivos, Impacto ambientalResumo
A sustentabilidade na cardiologia é um tema emergente que busca equilibrar os avanços tecnológicos com a redução dos impactos ambientais e a otimização de recursos. Os exames de imagem e os procedimentos invasivos desempenham um papel essencial no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, mas seu uso intensivo está associado a desafios ambientais e econômicos significativos. Os exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética cardíaca (RMC), a ecocardiografia e a cintilografia miocárdica, requerem equipamentos de alta tecnologia que consomem grandes quantidades de energia elétrica e utilizam materiais descartáveis, como contrastes iodados e radiofármacos. Além disso, a produção e descarte inadequado desses insumos podem gerar resíduos tóxicos, contribuindo para a poluição ambiental. Estratégias para minimizar esses impactos incluem a modernização de equipamentos com tecnologias mais eficientes em consumo energético, a adoção de protocolos de imagem com menor dose de radiação e a reutilização controlada de materiais sempre que possível. Nos procedimentos invasivos, como o cateterismo cardíaco e as intervenções percutâneas, o uso de dispositivos descartáveis, materiais plásticos e agentes de contraste é elevado. A produção desses insumos exige um alto consumo de recursos naturais e gera um grande volume de resíduos hospitalares. Para mitigar esses efeitos, iniciativas como a reciclagem de materiais sempre que possível, a redução do uso de contraste por meio de técnicas de imagem avançadas e a implementação de programas de descarte seguro de radiofármacos podem tornar esses procedimentos mais sustentáveis. A incorporação da sustentabilidade na cardiologia exige um esforço conjunto entre pesquisadores, gestores de saúde e profissionais clínicos. A transição para um modelo mais sustentável passa pela conscientização sobre os impactos ambientais, pelo uso racional dos recursos e pelo incentivo a pesquisas voltadas para tecnologias limpas e eficientes.

