QUANDO OPTAR PELA ABORDAGEM HÍBRIDA NA DOENÇA CORONARIANA MULTIVASCULAR?

Autores

  • Andreia Alves Lopes de Farias
  • Dinorah Barbosa Rodrigues Abdemun
  • Gabriel Chehab de Carvalho Melo
  • Jorge Alexandre de Araujo Peres
  • Lorena Andrade Matheus
  • Nayara Pravato Maziero
  • Sandra Coelho Madeira Santos
  • Williankley Araujo dos Santos
  • Robert Fernando Paladines Jiménez
  • José Neuton Benevides de Lima

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p169

Palavras-chave:

Revascularização miocárdica, intervenção coronária percutânea, Doença arterial coronariana, Cirurgia cardíaca minimamente invasiva, Procedimentos combinados cirúrgicos e intervencionistas

Resumo

A revascularização coronária híbrida (RCH) é uma abordagem terapêutica que combina técnicas da cirurgia cardíaca minimamente invasiva, como a revascularização da artéria descendente anterior esquerda (DAE) com enxerto de artéria torácica interna, com a intervenção coronária percutânea (ICP) com implante de stents em outras artérias coronárias comprometidas. Essa estratégia busca unir os benefícios de ambas as modalidades – a durabilidade do enxerto arterial cirúrgico e a menor invasividade da angioplastia – proporcionando melhores desfechos clínicos e menor tempo de recuperação. A RCH é especialmente indicada em pacientes com doença arterial coronária multivascular, nos quais a DAE está criticamente obstruída, e as outras lesões coronarianas são tratáveis com ICP. É preferida quando a anatomia coronária é complexa, mas não excessivamente difusa, e em situações nas quais o risco de uma cirurgia convencional com esternotomia completa é elevado, como em pacientes com comorbidades significativas, idade avançada ou alto risco cirúrgico. Outras indicações incluem pacientes com contraindicações específicas à circulação extracorpórea, pacientes que já foram submetidos a cirurgias torácicas prévias, ou ainda aqueles que expressam preferência por um procedimento menos invasivo. A escolha pela RCH também deve considerar a experiência da equipe multidisciplinar, a disponibilidade de infraestrutura adequada e uma avaliação cuidadosa. Estudos clínicos têm demonstrado que a RCH pode oferecer taxas semelhantes de mortalidade e eventos cardiovasculares maiores em comparação com a cirurgia convencional, com menor tempo de internação, menos sangramentos e recuperação mais rápida. No entanto, a seleção adequada dos pacientes e o planejamento individualizado do procedimento são fundamentais para o sucesso da intervenção.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Farias, A. A. L. de ., Abdemun, D. B. R. ., Melo, G. C. de C., Peres, J. A. de A. ., Matheus, L. A. ., Maziero, N. P. ., Santos, S. C. M. ., Santos, W. A. dos ., Jiménez, R. F. P. ., & Lima, J. N. B. de . (2025). QUANDO OPTAR PELA ABORDAGEM HÍBRIDA NA DOENÇA CORONARIANA MULTIVASCULAR?. Epitaya E-Books, 1(104), 169-184. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p169

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