QUANDO OPTAR PELA ABORDAGEM HÍBRIDA NA DOENÇA CORONARIANA MULTIVASCULAR?
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p169Palavras-chave:
Revascularização miocárdica, intervenção coronária percutânea, Doença arterial coronariana, Cirurgia cardíaca minimamente invasiva, Procedimentos combinados cirúrgicos e intervencionistasResumo
A revascularização coronária híbrida (RCH) é uma abordagem terapêutica que combina técnicas da cirurgia cardíaca minimamente invasiva, como a revascularização da artéria descendente anterior esquerda (DAE) com enxerto de artéria torácica interna, com a intervenção coronária percutânea (ICP) com implante de stents em outras artérias coronárias comprometidas. Essa estratégia busca unir os benefícios de ambas as modalidades – a durabilidade do enxerto arterial cirúrgico e a menor invasividade da angioplastia – proporcionando melhores desfechos clínicos e menor tempo de recuperação. A RCH é especialmente indicada em pacientes com doença arterial coronária multivascular, nos quais a DAE está criticamente obstruída, e as outras lesões coronarianas são tratáveis com ICP. É preferida quando a anatomia coronária é complexa, mas não excessivamente difusa, e em situações nas quais o risco de uma cirurgia convencional com esternotomia completa é elevado, como em pacientes com comorbidades significativas, idade avançada ou alto risco cirúrgico. Outras indicações incluem pacientes com contraindicações específicas à circulação extracorpórea, pacientes que já foram submetidos a cirurgias torácicas prévias, ou ainda aqueles que expressam preferência por um procedimento menos invasivo. A escolha pela RCH também deve considerar a experiência da equipe multidisciplinar, a disponibilidade de infraestrutura adequada e uma avaliação cuidadosa. Estudos clínicos têm demonstrado que a RCH pode oferecer taxas semelhantes de mortalidade e eventos cardiovasculares maiores em comparação com a cirurgia convencional, com menor tempo de internação, menos sangramentos e recuperação mais rápida. No entanto, a seleção adequada dos pacientes e o planejamento individualizado do procedimento são fundamentais para o sucesso da intervenção.

