Antropologia Cultural e Linguística Semiótica: Em Busca do Elo Perdido
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2022564p100Palavras-chave:
cultura, descrição densa, linguísticaResumo
Este texto tem como objetivo discutir conceitos de cultura, compondo um rápido histórico que vai desde a origem do termo na Antiguidade Clássica até os teóricos como Malinowsky (1975), Boas (2004), Geertz (1989), Lévi-Strauss (s/d) e Derrida (2001) na tentativa de entender as mobilidades culturais e identidades polifônicas, comuns na “pós-modernidade”[1] e seu recente entrosamento com a linguística, no que tange à teoria do significado. Para tal intento, como metodologia, adotou-se uma pesquisa bibliográfica, transitando pelos teóricos supracitados e ao conhecimento de Linguística das autoras deste artigo. Ao fazer o exercício de uma retrospectiva que ajude a elucidar o conceito de cultura, procurou propor, a partir de uma “descrição densa”, uma busca do elo perdido: ponto em que a Linguística, equivocadamente, separa-se das Ciências Humanas, tornando-se matéria independente. Propõs-se o diálogo contrastivo entre Saussure e Derrida como caminho possível para estas reflexões e buscas. Concluiu-se que este caminho recuperou o status da Linguística neste entrecaminho, à qual dialoga com o princípio da Teogonia, de Hesíodo, que coloca a Memória como a mãe da palavra, materializada pelas nove musas – suas filhas, de ciências diversas e interdisciplinares, e que são conduzidas pelas mãos do Aedo, que as eterniza.