DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E MANEJO DAS DOENÇAS PERICÁRDICAS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023809p209Palavras-chave:
Pericárdio, Pericardite, Derrame pericárdico, Tamponamento cardíaco, InflamaçãoResumo
Responsável por separar o coração das demais estruturas mediastinais, o pericárdio é uma cobertura fina que fornece suporte estrutural e tem um impacto hemodinâmico substancial no músculo cardíaco. Apesar de a função cardíaca normal se manter mesmo com sua ausência, o pericárdio doente pode ser uma condição difícil de manejar, representando, em alguns casos, com risco de morte. A etiologia da doença pericárdica é, muitas vezes, complexa ou permanece idiopática. Porém, microrganismos, (incluindo vírus e bactérias), doenças sistêmicas, insuficiência renal, cirurgia cardíaca e infarto do miocárdio prévios, trauma, dissecção da aorta radiação e, raramente, medicamentos têm sido associados às doenças pericárdicas. Os estágios das doenças pericárdicas podem ser determinados pela inflamação das camadas que envolvem o coração, o que pode levar a acúmulos anormais de líquido dentro do espaço pericárdico. Os sinais e sintomas das doenças pericárdicas, portanto, variam de acordo com a taxa de acúmulo de derrames em desenvolvimento e do prejuízo do enchimento cardíaco pela constrição pericárdica. O amplo espectro de achados, muitas vezes, torna o diagnóstico e o tratamento desses distúrbios bastante desafiadores na prática clínica. Podendo se apresentar clinicamente como pericardite aguda, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco e pericardite constritiva, a doença pericárdica exige um diagnóstico baseado em um histórico detalhado e a realização de exames físicos juntamente com imagens eletrocardiográficas e multimodais técnicas, que vão desde a ecocardiografia até a ressonância magnética cardíaca, permitindo a escolha do tratamento mais eficaz.