DESEQUILÍBRIO NA MICROBIOTA INTESTINAL E PULMONAR EM PACIENTES COM COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023878p77Palavras-chave:
Disbiose, SARS-CoV-2, Microbiota, Resposta Imunológica, ProbióticosResumo
A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, apresenta grande impacto na saúde mundial. A doença acomete principalmente o trato respiratório inferior de pessoas contaminadas. Porém, evidências do RNA viral nas fezes de pacientes com COVID-19 remete uma possível via de transmissão fecal-oral. Devido a importância dessa patologia e a necessidade de maior entendimento de fatores associados com o desenvolvimento da doença, foi realizada uma revisão de literatura sobre o impacto da microbiota intestinal e pulmonar no desenvolvimento da COVID-19. Foram utilizados 18 trabalhos publicados entre os anos de 2020 e 2022 que relacionaram a microbiota intestinal ou pulmonar com a COVID-19. Os artigos avaliaram a microbiota em pacientes com COVID-19, com sintomas brandos a severos, e verificaram que a elevação do filo Proteobacteria foi uma das principais causas de disbiose associada a quadros de COVID-19, gerando o agravamento de sintomas e quadro clínico. Além de demonstrar uma depleção em microrganismos produtores de butirato e um aumento exacerbado de marcadores pró-inflamatórios ligado a elevação de patógenos e multiplicação viral. Na microbiota pulmonar, destaca-se a presença de bactérias pertencentes ao gênero Acinetobacter spp. como um dos fatores mais importantes no avanço da COVID-19. Como uma terapia coadjuvante no tratamento de COVID-19 e pós-COVID-19, vários autores sugerem a utilização de probióticos, principalmente Lactobacillus e Bifidobacterium, que são capazes de modular a resposta imune e agir diretamente aos receptores virais nas células do hospedeiro, bloqueado a entrada viral.