INFLUÊNCIA DA PANDEMIA COVID-19 NO ENSINO E NA SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023946p77Palavras-chave:
Estudantes de Enfermagem, Ensino, Saúde mental, Pandemias, UniversidadesResumo
Objetivo: analisar a influência da pandemia COVID-19 no ensino não presencial e na saúde mental de estudantes de enfermagem de uma instituição pública. Método: Pesquisa transversal e analítica de abordagem quantitativa, com 62 alunos de todos os semestres do curso de graduação em enfermagem. A coleta das informações foi realizada através dos seguintes instrumentos: Perfil sociodemográfico, Características no ensino, Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp, Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e Inventário de depressão de Beck. A análise descritiva de variáveis categóricas inclui tabelas de frequência absolutas e relativas e das variáveis quantitativas, medidas de tendência central e de variabilidade. A parte analítica foi realizada por meio da regressão binária e linear tendo a significância de p<0,05. Resultados: 82,3% eram do sexo feminino, idade média de 23,3 anos, 95,2% sem parceiro, 96,8% sem filhos, 66,1% moram com os pais e 51,6% recebiam apoio financeiro. Identificou-se algum nível de estresse (93,5%), ansiedade e sintomas depressivos (18,2 pontos) ocasionados pela pandemia. Na análise de regressão se identificou que o estresse foi associado com falta de motivação, e que IDATE estado associou-se com idade e falta de motivação, o IDATE traço foi associado com a idade e por alguma doença do estudante. Ademais, a depressão foi associada com alguma doença do estudante e ter distrações ou responsabilidades em casa. Conclusão: Os efeitos da pandemia e medidas de contingenciamento, como o distanciamento social e a suspensão de atividades presenciais de ensino, podem desencadear maior desconforto emocional e aumento do risco de doenças psicológicas e psiquiátricas, e gerar sintomas como estresse, ansiedade e depressão.