ANÁLISE DOS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS DO ASSOALHO PÉLVICO VERSUS OUTRAS INTERVENÇÕES NA PREVENÇÃO DE EVENTOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO PÓS-PARTO.
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2023946p247Palavras-chave:
Assoalho Pélvico, Incontinência Urinária, FisioterapiaResumo
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU), determinada pela International Continence Society como a queixa de vazamento involuntário de urina, gera interferências na qualidade de vida em âmbito social, profissional e familiar. A gestação e o parto vaginal ocasionam alterações fisiológicas na musculatura do assoalho pélvico, como a redução na força de contração e distensão muscular acentuada, portanto, a paridade é fator de risco elevado para o desenvolvimento da IU, sendo comum essa condição estar presente em puérperas. Como forma de tratamento, é recomendado o treinamento muscular do assoalho pélvico, pois promove ganho de força e função dessa musculatura. OBJETIVO: Analisar e comparar a eficácia e efetividade e segurança dos exercícios do assoalho pélvico e outras intervenções na prevenção da incontinência urinária no período do pós-parto. MÉTODO: Revisão sistemática de literatura, com metodologia propostas pela Cochrane Handbook e as recomendações da declaração PRISMA. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Cochrane, Lilacs, PEDro, PubMed, Scopus e Web of Science em 10 de agosto de 2023. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados publicados no período de 2019 – 2023, sem restrição de idioma, nos quais foram avaliados a efetividade dos exercícios do assoalho pélvico e outras intervenções na prevenção dos eventos de incontinência urinária no período pós-parto. RESULTADOS: Foram incluídos 8 estudos, com um total de 1.008 participantes do sexo feminino com idade entre 27 – 48 anos. Referente a qualidade metodológica, por meio da avaliação pela escala PEDro, os estudos apresentaram alta pontuação. As intervenções variaram de 4 – 24 semanas e apresentaram diferenças significativas quanto a frequência. CONCLUSÃO: Por meio dos resultados obtidos, conclui-se que o treinamento dos músculos do assoalho pélvico é eficaz no tratamento da incontinência urinária no período pós-parto, podendo estar associado com outras terapias e intensificado com o uso de dispositivos. Ressalta-se a necessidade de novos estudos que indiquem qual a melhor frequência e tempo de duração das intervenções.