TORNA-SE NEGRO: UM ESTUDO SOBRE O PROCESSO DE SUBJETIVAÇÃO NA OBRA DE NEUZA SANTOS SOUZA
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024977p81Palavras-chave:
Racismo, Identidade, Igualdade, Justiça socialResumo
O objetivo deste estudo foi abordar a visão da autora Neusa Santos Souza, sobre o processo de subjetivação do tornar-se negro. Foi realizado através da metodologia de pesquisa e coleta de informações de ordem teórica, viabilizada através de levantamento bibliográfico. Quanto aos procedimentos, portanto, classifica-se como pesquisa bibliográfica, pois através de bibliografia referente ao tema se torna possível a discussão sobre o tema de estudo. A revisão bibliográfica parte do estabelecimento lógico do tema para o estudo e a leitura da bibliografia proporciona evocar a base de conhecimento atual sobre o tema. Quanto à abordagem do problema, caracteriza-se como pesquisa qualitativa, pois busca a análise de informações de diversas fontes, para a elaboração do trabalho a partir de fontes confiáveis sobre o tema em questão. Quanto aos objetivos, trata-se de pesquisa exploratória, buscando dados para a elaboração em diversos meios, envolvendo a pesquisa bibliográfica, que proporciona maior conhecimento e familiaridade com o tema. Com o resultado foi possível concluir que é fundamental reconhecer e desafiar as estruturas de poder e privilégios que perpetuam a desigualdade racial. Isso implica promover políticas inclusivas, garantir igualdade de oportunidades e criar um ambiente que valorize a diversidade étnico-cultural, permitindo que os negros em ascensão social possam alcançar seu pleno potencial sem comprometer sua identidade. A obra de Neusa Silva Souza revela a complexidade e os desafios enfrentados pelos negros ao se confrontarem com estereótipos, preconceitos e a necessidade de se afirmarem em uma sociedade marcada por uma estrutura racista e excludente. Ela aponta para a ferida narcísica gerada por essa tentativa, evidenciando como a busca por um Ideal de Ego baseado em modelos brancos pode resultar em conflitos internos, sentimentos de inadequação e negação da própria identidade. Sua abordagem ressalta a necessidade de um movimento de reconstrução identitária, no qual os negros se libertem desses padrões impostos, busquem novos referenciais e se afirmem enquanto sujeitos autênticos e reconhecidos em sua pluralidade. A obra aponta para a urgência de um movimento coletivo de valorização e afirmação da identidade negra, colocando em evidência a importância da emancipação subjetiva como um passo crucial rumo à igualdade e justiça social.