MEDIDAS PREVENTIVAS PARA OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS CARDÍACAS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025820p522Palavras-chave:
Cirurgia cardíaca, Cuidados pós-operatórios, Prevenção de doenças, Monitorização fisiológica, Ventilação mecânicaResumo
A cirurgia cardíaca é um procedimento complexo que exige cuidados rigorosos no pós-operatório para reduzir complicações e melhorar os desfechos clínicos. As complicações mais frequentes incluem infecções, insuficiência renal aguda, distúrbios hemodinâmicos, complicações respiratórias e eventos tromboembólicos. Para minimizar esses riscos, diversas estratégias devem ser adotadas de forma integrada pela equipe multidisciplinar. Uma abordagem essencial é o planejamento perioperatório, que inclui a estratificação de risco do paciente por meio de escores prognósticos, otimização clínica e controle rigoroso de comorbidades, como diabetes e hipertensão. No intraoperatório, a adoção de técnicas cirúrgicas menos invasivas e a monitorização hemodinâmica avançada são fundamentais para reduzir complicações. No período pós-operatório, a manutenção da estabilidade hemodinâmica e o controle rigoroso da dor são cruciais para prevenir disfunções orgânicas e facilitar a recuperação. A ventilação mecânica deve ser manejada de forma criteriosa, buscando a extubação precoce para reduzir o risco de complicações respiratórias, como pneumonia associada à ventilação mecânica. Além disso, a mobilização precoce é essencial para evitar eventos tromboembólicos e promover a reabilitação cardiovascular. A prevenção de infecções no pós-operatório envolve medidas rigorosas de assepsia, uso racional de antimicrobianos e controle glicêmico estrito. O acompanhamento laboratorial frequente e a vigilância para sinais precoces de sepse permitem intervenções oportunas, reduzindo a morbimortalidade. A reabilitação precoce e o suporte psicológico são igualmente importantes, pois contribuem para a adesão ao tratamento e para a recuperação global do paciente. A educação do paciente e dos familiares quanto aos cuidados domiciliares e aos sinais de alerta para complicações também desempenha um papel essencial na redução de reinternações. Portanto, a prevenção de complicações pós-operatórias em cirurgias cardíacas exige uma abordagem multidisciplinar, baseada na estratificação de risco, no monitoramento contínuo e na implementação de protocolos clínicos baseados em evidências. A adoção dessas estratégias pode melhorar significativamente os desfechos e a qualidade de vida dos pacientes submetidos a esse tipo de procedimento.

