STENTS FARMACOLÓGICOS DE PRIMEIRA À TERCEIRA GERAÇÃO: O QUE MUDOU NA PRÁTICA CARDIOLÓGICA?

Autores

  • Halim Abdu Neme Makhluf
  • Andrey Vega Matos
  • Erick Eannes Moura Bringel
  • Gabriel Borges Bessa Abdallah Khachab
  • José Correia de Souza
  • Luís Augusto Antônio de Rezende
  • Pabllo Sammuell Furtado Cortez
  • Sebastião Olacy de Souza Júnior
  • Wilmer Reverte da Costa
  • José Neuton Benevides de Lima

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p185

Palavras-chave:

Stents farmacológicos, Doença arterial coronariana, Angioplastia coronária, Reestenose, Terapia antiplaquetária

Resumo

A evolução dos stents farmacológicos representa um marco significativo na cardiologia intervencionista, especialmente no tratamento da doença arterial coronariana. Inicialmente, os stents metálicos simples, foram desenvolvidos para reduzir a oclusão arterial após a angioplastia com balão. Apesar de sua eficácia inicial, apresentavam altas taxas de reestenose por hiperplasia neointimal. Como resposta a essa limitação, surgiram os stents farmacológicos de primeira geração, que consistiam em uma estrutura metálica revestida com fármacos antiproliferativos, como o sirolimus, os quais inibiam a proliferação celular responsável pela reestenose. Embora tenham reduzido significativamente as taxas de reestenose, os stents de primeira geração apresentaram desafios como a trombose tardia do stent, exigindo maior tempo de terapia antiplaquetária. A partir dessas observações, foram desenvolvidos os stents farmacológicos de segunda e terceira gerações, com melhorias tanto nos polímeros utilizados para liberar os medicamentos quanto nos próprios fármacos. Os novos dispositivos passaram a usar polímeros biodegradáveis ou até mesmo estruturas completamente reabsorvíveis, além de drogas mais eficazes e seguras. Essas inovações resultaram em maior biocompatibilidade, menor resposta inflamatória e redução significativa nos eventos adversos relacionados ao implante. Mais recentemente, surgiram tecnologias que visam personalizar a terapia de acordo com o perfil do paciente. Nesse contexto, a nanotecnologia tem se destacado como uma ferramenta promissora para a próxima geração de stents farmacológicos. Por meio dela, é possível desenvolver superfícies com propriedades otimizadas, capazes de controlar de forma precisa a liberação de medicamentos, melhorar a adesão endotelial e reduzir a resposta inflamatória. Estruturas em nanoescala permitem uma interação mais eficaz com as células e tecidos, favorecendo a cicatrização vascular e diminuindo os riscos de trombose e reestenose. Além disso, pesquisas avançam no uso de nanomateriais biodegradáveis e inteligentes, que respondem a estímulos específicos do microambiente vascular. Dessa forma, a nanotecnologia representa um novo paradigma para o design de stents mais seguros, eficientes e personalizados, ampliando as possibilidades terapêuticas e contribuindo para melhores desfechos clínicos na cardiologia intervencionista.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Makhluf, H. A. N. ., Matos, A. V. ., Bringel, E. E. M. ., Khachab, G. B. B. A. ., Souza, J. C. de ., Rezende, L. A. A. de ., Cortez, P. S. F. ., Souza Júnior, S. O. de ., Costa, W. R. da ., & Lima, J. N. B. de. (2025). STENTS FARMACOLÓGICOS DE PRIMEIRA À TERCEIRA GERAÇÃO: O QUE MUDOU NA PRÁTICA CARDIOLÓGICA?. Epitaya E-Books, 1(104), 185-200. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p185

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