ESTRESSE OXIDATIVO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: O PAPEL DOS ANTIOXIDANTES NA PRÁTICA CARDIOLÓGICA

Autores

  • Taiane Belinati Loureiro Kubrusly
  • Aristocles Lima Oliveira
  • Elio de Paula Assis Martins
  • Patricia Eunice dos Santos
  • Josielle Helainy Luiz da Silva
  • Luiz Aurélio Braga Pereira
  • Patricia Bobek
  • Cinthia Helena da Matta Fernandes
  • Debora Petrella Perino
  • Frederico Paraguai Sampaio

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p261

Palavras-chave:

Doenças cardiovasculares, Estresse oxidativo, Antioxidantes, Disfunção endotelial, Espécies reativas de oxigênio

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCVs) permanecem como a principal causa de morbimortalidade no mundo, sendo fortemente associadas a fatores como hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, tabagismo e sedentarismo. A compreensão da fisiopatologia dessas doenças tem avançado consideravelmente, e um dos mecanismos centrais envolvidos em sua progressão é o estresse oxidativo. Este ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a capacidade antioxidante do organismo, promovendo lesão celular, inflamação crônica e disfunção endotelial – eventos-chave na aterogênese. Nesse contexto, os antioxidantes vêm ganhando atenção crescente na cardiologia preventiva e terapêutica. Substâncias antioxidantes, sejam endógenas (como a glutationa e enzimas como superóxido dismutase e catalase) ou exógenas (vitaminas C e E, polifenóis, carotenoides, entre outros), atuam neutralizando as EROs, reduzindo o dano oxidativo aos tecidos cardiovasculares. Estudos experimentais e clínicos têm mostrado que dietas ricas em compostos antioxidantes – como a dieta mediterrânea – estão associadas à redução do risco cardiovascular. Além disso, há evidências promissoras sobre o papel de certos suplementos antioxidantes em populações específicas, embora ainda existam controvérsias quanto à sua eficácia isolada e segurança em longo prazo. Compreender a interação entre estresse oxidativo, inflamação e disfunção endotelial, portanto, é essencial para adotar estratégias terapêuticas mais eficazes e integradas. A abordagem antioxidante, conjuntamente com mudanças no estilo de vida e ao controle rigoroso dos fatores de risco, pode representar um importante aliado na prevenção primária e secundária das DCVs. No entanto, é importante a análise crítica das evidências disponíveis, a fim de evitar a prescrição indiscriminada de suplementos, e promover a orientação baseada em hábitos alimentares e comportamentais sustentáveis e cientificamente embasados.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Kubrusly, T. B. L. ., Oliveira, A. L. ., Martins, E. de P. A. ., Santos, P. E. dos ., Silva, J. H. L. da ., Pereira, L. A. B. ., Bobek, P. ., Fernandes, C. H. da M. ., Perino, D. P. ., & Sampaio, F. P. . (2025). ESTRESSE OXIDATIVO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: O PAPEL DOS ANTIOXIDANTES NA PRÁTICA CARDIOLÓGICA. Epitaya E-Books, 1(104), 261-280. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p261

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