TRATAMENTO DA REGURGITAÇÃO MITRAL FUNCIONAL: DO MANEJO CLÍNICO À INTERVENÇÃO PERCUTÂNEA

Autores

  • Aluisio Proença dos Santos
  • Fabio de Jesus Ferreira Amaral
  • Glória Elizabete dos Santos Braga
  • Juliana Mendes de Mattos
  • Manuel Dominguez de La Cruz
  • Patricia Faversani Rodrigues Nunes
  • Thiago Augusto Costa
  • João Carlos Matos Pinto Junior
  • Camila Gomes Canzian
  • Carlos Arturo Molina Ospino

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p348

Palavras-chave:

Regurgitação da valva mitral, Insuficiência cardíaca, Terapia por cateterismo cardíaco, Procedimentos cirúrgicos cardíacos, Diretrizes clínicas

Resumo

A regurgitação mitral funcional (RMF) é uma condição valvar caracterizada pelo refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo, em decorrência de alterações estruturais ou funcionais no ventrículo, com válvula mitral estruturalmente normal. Sua fisiopatologia está frequentemente associada à dilatação e disfunção do ventrículo esquerdo, sendo comum em pacientes com insuficiência cardíaca e cardiomiopatias dilatadas. O manejo da RMF representa um desafio clínico, exigindo uma abordagem individualizada que considere a gravidade da insuficiência valvar, a função ventricular e o perfil clínico do paciente. As opções terapêuticas incluem tratamento clínico otimizado para insuficiência cardíaca, intervenções cirúrgicas e procedimentos percutâneos. O tratamento clínico permanece a primeira linha de manejo, com foco no controle dos sintomas e na modulação da remodelação ventricular. A cirurgia, tradicionalmente realizada por meio de anuloplastia ou substituição valvar, é reservada para casos refratários, com evidência de benefício especialmente em pacientes com sintomas persistentes e anatomia favorável. Nos últimos anos, intervenções percutâneas, como o reparo transcateter com clipe mitral (ex: MitraClip), emergiram como alternativas promissoras para pacientes de alto risco cirúrgico. Estudos como o COAPT demonstraram redução significativa na hospitalização por insuficiência cardíaca e melhora da qualidade de vida em pacientes com RMF secundária moderada a grave, quando tratados com MitraClip associado à terapia medicamentosa otimizada. As indicações atuais para intervenção consideram a gravidade da regurgitação, a resposta ao tratamento clínico, a fração de ejeção ventricular e a presença de sintomas refratários. As diretrizes enfatizam a importância da avaliação multidisciplinar, envolvendo equipe de cardiologia clínica, imagem cardiovascular e cardiologia intervencionista, para uma tomada de decisão baseada em evidências e centrada no paciente.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Santos, A. P. dos ., Amaral, F. de J. F. ., Braga, G. E. dos S. ., Mattos, J. M. de ., La Cruz, M. D. de ., Nunes, P. F. R. ., Costa, T. A. ., Pinto Junior, J. C. M. ., Canzian, C. G. ., & Ospino, C. A. M. . (2025). TRATAMENTO DA REGURGITAÇÃO MITRAL FUNCIONAL: DO MANEJO CLÍNICO À INTERVENÇÃO PERCUTÂNEA. Epitaya E-Books, 1(104), 348-361. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p348

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