ALTERAÇÕES HORMONAIS DA MENOPAUSA E SUA INFLUÊNCIA NO RISCO CARDIOVASCULAR
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p416Palavras-chave:
Menopausa, Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, Terapia de reposição hormonal, Saúde da mulherResumo
A menopausa representa uma fase de transição fisiológica na vida da mulher, caracterizada pela cessação definitiva da menstruação e pela redução acentuada na produção de estrogênios ovarianos. Esse declínio hormonal está associado a uma série de alterações metabólicas e hemodinâmicas que impactam diretamente a saúde cardiovascular. Diversos estudos demonstram que, após a menopausa, há um aumento significativo na incidência de doenças cardiovasculares entre as mulheres, incluindo hipertensão arterial, dislipidemias, resistência à insulina, obesidade abdominal e doença arterial coronariana. O estrogênio exerce um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular ao promover a vasodilatação, melhorar o perfil lipídico e modular a resposta inflamatória. Com a sua diminuição, observa-se, entre outros, um aumento da rigidez arterial e alterações no metabolismo de lipídios e glicose. Além disso, a menopausa está frequentemente associada a um estilo de vida menos ativo e a mudanças no padrão alimentar, fatores que contribuem para o aumento do risco cardiovascular. A terapia hormonal pode ser considerada em determinados casos para amenizar os sintomas da menopausa e possivelmente mitigar o risco cardiovascular, embora sua indicação deva ser cuidadosa e individualizada, considerando os fatores de risco de cada paciente. A prevenção e o controle de fatores modificáveis, como tabagismo, sedentarismo, hipertensão, obesidade e alimentação inadequada, são fundamentais para a promoção da saúde cardiovascular na pós-menopausa. Assim, compreender a relação entre menopausa e risco cardiovascular é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e manejo adequado das doenças cardiovasculares em mulheres nessa fase da vida. A atuação multiprofissional e a educação em saúde desempenham papéis fundamentais nesse contexto, promovendo a qualidade de vida e a longevidade com saúde.

