CRISE CONVULSIVA FEBRIL EM CRIANÇAS: DIAGNÓSTICO E MANEJO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.202500026p.29Palavras-chave:
CRISE CONVULSIVA FEBRIL, CRIANÇAS, DIAGNÓSTICOResumo
A crise convulsiva febril é a manifestação neurológica mais comum na faixa etária pediátrica, especialmente entre 6 meses e 5 anos. Define-se como uma convulsão associada a um episódio febril, na ausência de infecção do sistema nervoso central, distúrbios metabólicos ou histórico prévio de epilepsia. Embora assustadora para os pais, a maioria das crises febris é benigna.
A compreensão do diagnóstico e manejo correto é essencial para evitar condutas desnecessárias e orientar adequadamente os cuidadores. Este capítulo foi desenvolvido a partir de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico, com foco em publicações dos últimos dez anos.
Os critérios de inclusão foram artigos e manuais técnicos que abordassem a fisiopatologia, diagnóstico diferencial e conduta diante de crises febris em crianças.
Foram selecionadas publicações em português e inglês, com acesso aberto. As crises febris são classificadas em simples e complexas. As simples duram menos de 15 minutos, não se repetem em 24 horas e não apresentam características focais. Já as complexas envolvem duração prolongada, recorrência no mesmo episódio febril ou sinais neurológicos focais.
O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história do episódio convulsivo e na presença de febre. O manejo inicial envolve o suporte básico de vida, o controle da febre e a observação. Em crises prolongadas, pode-se utilizar diazepam retal ou midazolam intranasal. A internação geralmente não é necessária em crises simples.
A realização de exames laboratoriais e de imagem deve ser reservada para casos atípicos ou com sinais de alarme. É fundamental realizar uma abordagem humanizada junto aos pais ou responsáveis, oferecendo orientações claras sobre a natureza benigna das crises simples e os cuidados em episódios futuros. A crise convulsiva febril, apesar do impacto emocional nos cuidadores, possui bom prognóstico na maioria dos casos.
A diferenciação entre formas simples e complexas é crucial para a condução adequada. O conhecimento atualizado do profissional de saúde, aliado à abordagem acolhedora, evita intervenções desnecessárias e promove segurança à família.
É recomendável reforçar a vigilância em crianças com fatores de risco e garantir acesso às orientações pós-crise.

