CRISE CONVULSIVA FEBRIL EM CRIANÇAS: DIAGNÓSTICO E MANEJO

Autores

  • Bruno Reis Giraldelli
  • Natália Maria Dias de Sá
  • Welintton Duran
  • Mariana Malagutti Vieira
  • Lucas Bortogliero do Valle

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.202500026p.29

Palavras-chave:

CRISE CONVULSIVA FEBRIL, CRIANÇAS, DIAGNÓSTICO

Resumo

A crise convulsiva febril é a manifestação neurológica mais comum na faixa etária pediátrica, especialmente entre 6 meses e 5 anos. Define-se como uma convulsão associada a um episódio febril, na ausência de infecção do sistema nervoso central, distúrbios metabólicos ou histórico prévio de epilepsia. Embora assustadora para os pais, a maioria das crises febris é benigna.

A compreensão do diagnóstico e manejo correto é essencial para evitar condutas desnecessárias e orientar adequadamente os cuidadores. Este capítulo foi desenvolvido a partir de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico, com foco em publicações dos últimos dez anos.

Os critérios de inclusão foram artigos e manuais técnicos que abordassem a fisiopatologia, diagnóstico diferencial e conduta diante de crises febris em crianças.

Foram selecionadas publicações em português e inglês, com acesso aberto. As crises febris são classificadas em simples e complexas. As simples duram menos de 15 minutos, não se repetem em 24 horas e não apresentam características focais. Já as complexas envolvem duração prolongada, recorrência no mesmo episódio febril ou sinais neurológicos focais.

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história do episódio convulsivo e na presença de febre. O manejo inicial envolve o suporte básico de vida, o controle da febre e a observação. Em crises prolongadas, pode-se utilizar diazepam retal ou midazolam intranasal. A internação geralmente não é necessária em crises simples.

A realização de exames laboratoriais e de imagem deve ser reservada para casos atípicos ou com sinais de alarme. É fundamental realizar uma abordagem humanizada junto aos pais ou responsáveis, oferecendo orientações claras sobre a natureza benigna das crises simples e os cuidados em episódios futuros. A crise convulsiva febril, apesar do impacto emocional nos cuidadores, possui bom prognóstico na maioria dos casos.

A diferenciação entre formas simples e complexas é crucial para a condução adequada. O conhecimento atualizado do profissional de saúde, aliado à abordagem acolhedora, evita intervenções desnecessárias e promove segurança à família.

É recomendável reforçar a vigilância em crianças com fatores de risco e garantir acesso às orientações pós-crise.

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Publicado

2025-08-12

Como Citar

Giraldelli, B. R. ., Sá, N. M. D. de ., Duran, W. ., Vieira, M. M. ., & Valle, L. B. do . (2025). CRISE CONVULSIVA FEBRIL EM CRIANÇAS: DIAGNÓSTICO E MANEJO. Epitaya E-Books, 1(107), 29-30. https://doi.org/10.47879/ed.ep.202500026p.29

Edição

Seção

Capítulo de Livro

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