A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO: UMA ABORDAGEM CLÁSSICA COM RESULTADOS COMPROVADOS
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025000125p47Palavras-chave:
depressão, terapia cognitivo-comportamental, intervenções psicoterápicas, evidências clínicasResumo
A depressão maior é responsável por elevada carga mundial de doença, afetando cerca de 5 % da população adulta e constituindo importante fator de incapacidade funcional. Embora antidepressivos sejam eficazes, até 40 % dos pacientes apresentam resposta parcial ou intolerância medicamentosa. Desde os trabalhos pioneiros de Aaron Beck na década de 1970, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) firmou-se como intervenção psicoterápica de primeira linha, baseada no modelo de que distorções cognitivas sustentam sintomas depressivos e podem ser reestruturadas por meio de técnicas específicas (monitoramento de pensamentos automáticos, experimentos comportamentais e ativação comportamental).
Metanálises recentes reforçam a robustez da TCC, mas questões sobre magnitude do efeito, durabilidade dos ganhos e comparabilidade com farmacoterapia justificam análise atualizada de sua eficácia. Foi realizada revisão narrativa da literatura (2012-2024) nas bases PubMed, PsycINFO e Cochrane Library. A Terapia Cognitivo-Comportamental mantém-se como intervenção psicoterápica de eficácia comprovada para depressão, exibindo magnitude de efeito comparável a medicamentos, vantagens de manutenção de ganhos e perfil de segurança superior (ausência de efeitos adversos farmacológicos).
A integração de TCC em modelos de cuidado escalonado, o uso combinado com farmacoterapia em casos graves e a expansão de plataformas digitais representam caminhos promissores para ampliar cobertura e reduzir o impacto global da depressão.

