Violência Doméstica Contra a Mulher: Contribuições para Ações Assistenciais do Enfermeiro
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2021243p49Palavras-chave:
Violência doméstica, Saúde da Mulher, Ações do enfermeiroResumo
A violência presente nas relações interpessoais tem merecido lugar de destaque entre as preocupações dos profissionais da saúde por ser considerada um problema de saúde pública. A impunidade, o medo, a vergonha e, muitas vezes, a dependência financeira ou afetiva, fazem com que muitas mulheres se calem diante da violência, completa. Diante desse complexo fenômeno da violência, amplamente presente na sociedade, encontra-se a violência contra a mulher, relacionadas ocorrências de violência física, psicológica e sexual. No entanto, a violência psicológica esteve sempre presente através de ameaças, humilhações e ofensas, a complexidade das questões envolvidas na dinâmica da violência resulta em desigualdades de autonomia, deposições e de direitos. O enfrentamento à violência contra a mulher não pode se restringir ao acolhimento das denúncias. Esforços devem ser direcionados para o aumento das equipes nas linhas diretas de prevenção e resposta à violência, bem como para a ampla divulgação dos serviços disponíveis, a capacitação dos trabalhadores da saúde para identificar situações de risco, de modo a não reafirmar orientação para o isolamento doméstico nessas situações, e a expansão e o fortalecimento das redes de apoio, incluindo a garantia do funcionamento e ampliação do número de vagas nos abrigos para mulheres sobreviventes. Sendo assim, as ações do enfermeiro devem potencializam a assistência de enfermagem a mulheres vítimas de violência como o acolhimento com escuta qualificada, percepção das lesões através de exame físico, atendimento multidisciplinar e encaminhamentos efetivos . Em contrapartida foi identificado que alguns artigos identificaram as fragilidades do atendimento do enfermeiro às mulheres vítimas de violência ao despreparo do profissional frente aos atendimentos, rotatividade dos profissionais da ESF, encaminhamentos ineficazes, falta de protocolos institucionais, desconhecimento e ou ausência de notificação compulsória dos casos suspeitos e confirmados, percebe-se certo distanciamento do enfermeiro entre teoria/prática e evidente falta de compromisso institucional em dar aporte técnico às equipes de saúde. Sendo assim, faz-se necessário que os serviços de saúde de em maior destaque ao combate e à prevenção da violência, permitindo assim a melhoria da assistência.