MÉTODOS CONTEMPORÂNEOS DE PREVENÇÃO E MANEJO DA HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2024479p97Palavras-chave:
Pré-eclâmpsia, Eclâmpsia, Pressão arterial, Complicações na gravidez, Monitoramento fetalResumo
Os distúrbios hipertensivos na gravidez são uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna, fetal e neonatal, complicando cerca de 10% das gestações em todo o mundo. É provável que essa taxa seja maior devido ao aumento da idade e da obesidade das gestantes. Grávidas com distúrbios hipertensivos correm risco de desenvolver descolamento prematuro da placenta, acidente vascular cerebral, edema pulmonar, eventos tromboembólicos, coagulação intravascular disseminada e falência de múltiplos órgãos. O risco fetal inclui retardo de crescimento intrauterino, prematuridade e morte intrauterina, todos elevados na pré-eclâmpsia. Os neonatos correm maior risco de parto prematuro com baixo peso ao nascer, cuidados neonatais prolongados e morte pós-natal. A hipertensão na gravidez é diagnosticada na pressão arterial sistólica ? 140 mmHg e/ou na pressão diastólica ? 90 mmHg, medida no consultório ou no hospital. A hipertensão na gravidez não é uma entidade única, mas compreende a hipertensão pré-existente, que é anterior à gravidez ou desenvolvida antes das 20 semanas de gestação e geralmente persiste por mais de 42 dias após o parto e pode estar associada à proteinúria; a hipertensão gestacional, que se desenvolve após 20 semanas de gestação e normalmente desaparece 42 dias após o parto; e a pré-eclâmpsia, que corresponde à hipertensão gestacional com proteinúria significativa.