BIOMARCADORES DA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL: NOVAS FRONTEIRAS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Autores

  • Abraão Telles Rocha
  • Clara Machado Rodrigues
  • Fernando Silva Santos
  • Jaqueline Rossi Marim
  • Lee Anderson Cruvinel Campos
  • Marianne Basseto Braga Araujo
  • Renard Fernandes Dias
  • Valesca Antunes Marques
  • Graziella Tarsitano Wiggert
  • Marcus Vinicius Iglesias de Souza

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p13

Palavras-chave:

Disfunção endotelial, Doenças cardiovasculares, Óxido nítrico, Aterosclerose, Biomarcadores

Resumo

A disfunção endotelial é um dos primeiros eventos patológicos no desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) e tem sido amplamente estudada como um biomarcador precoce dessas condições. O endotélio desempenha um papel crucial na regulação do tônus vascular, inflamação, trombose e permeabilidade vascular. Sua função é mediada principalmente pelo óxido nítrico (NO), uma molécula vasodilatadora produzida pela enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS). A redução na biodisponibilidade de NO, associada ao aumento do estresse oxidativo e da inflamação, resulta em um endotélio disfuncional, contribuindo para a aterosclerose e outras complicações cardiovasculares. Diferentes métodos têm sido empregados para avaliar a função endotelial, incluindo biomarcadores séricos e celulares. Entre os biomarcadores séricos, destacam-se moléculas pró-inflamatórias, como a proteína C-reativa (PCR), citocinas inflamatórias e moléculas de adesão celular (VCAM-1, ICAM-1 e E-selectina), que indicam ativação endotelial e progressão da inflamação vascular. Biomarcadores celulares, como micropartículas endoteliais e células progenitoras endoteliais circulantes, refletem lesão endotelial e capacidade regenerativa do endotélio. Além disso, novos biomarcadores vêm sendo estudados para aprimorar a detecção precoce da disfunção endotelial e sua correlação com DCV. Entre eles, MMPs/TIMPs, ANGPT L2, endoglina e homocisteína que, apesar da necessidade de estudos avançados, proporcionamnovas perspectivas para a predição e prevenção de eventos cardiovasculares. A avaliação desses biomarcadores permite a detecção precoce da disfunção endotelial, contribuindo para a estratificação do risco cardiovascular e a personalização das intervenções terapêuticas. Mudanças no estilo de vida, terapia com estatinas, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e agentes antioxidantes são estratégias que visam preservar a função endotelial e reduzir a incidência de eventos cardiovasculares. Portanto, a identificação e monitoramento contínuo desses biomarcadores representam ferramentas valiosas na prevenção e manejo das DCV.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Rocha, A. T. ., Rodrigues, C. M. ., Santos, F. S. ., Marim, J. R. ., Campos, L. A. C. ., Araujo, M. B. B. ., Dias, R. F. ., Marques, V. A. ., Wiggert, G. T. ., & Souza, M. V. I. de . (2025). BIOMARCADORES DA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL: NOVAS FRONTEIRAS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES. Epitaya E-Books, 1(104), 13-27. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p13

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