BIOMARCADORES DA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL: NOVAS FRONTEIRAS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
DOI:
https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p13Palavras-chave:
Disfunção endotelial, Doenças cardiovasculares, Óxido nítrico, Aterosclerose, BiomarcadoresResumo
A disfunção endotelial é um dos primeiros eventos patológicos no desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) e tem sido amplamente estudada como um biomarcador precoce dessas condições. O endotélio desempenha um papel crucial na regulação do tônus vascular, inflamação, trombose e permeabilidade vascular. Sua função é mediada principalmente pelo óxido nítrico (NO), uma molécula vasodilatadora produzida pela enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS). A redução na biodisponibilidade de NO, associada ao aumento do estresse oxidativo e da inflamação, resulta em um endotélio disfuncional, contribuindo para a aterosclerose e outras complicações cardiovasculares. Diferentes métodos têm sido empregados para avaliar a função endotelial, incluindo biomarcadores séricos e celulares. Entre os biomarcadores séricos, destacam-se moléculas pró-inflamatórias, como a proteína C-reativa (PCR), citocinas inflamatórias e moléculas de adesão celular (VCAM-1, ICAM-1 e E-selectina), que indicam ativação endotelial e progressão da inflamação vascular. Biomarcadores celulares, como micropartículas endoteliais e células progenitoras endoteliais circulantes, refletem lesão endotelial e capacidade regenerativa do endotélio. Além disso, novos biomarcadores vêm sendo estudados para aprimorar a detecção precoce da disfunção endotelial e sua correlação com DCV. Entre eles, MMPs/TIMPs, ANGPT L2, endoglina e homocisteína que, apesar da necessidade de estudos avançados, proporcionamnovas perspectivas para a predição e prevenção de eventos cardiovasculares. A avaliação desses biomarcadores permite a detecção precoce da disfunção endotelial, contribuindo para a estratificação do risco cardiovascular e a personalização das intervenções terapêuticas. Mudanças no estilo de vida, terapia com estatinas, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e agentes antioxidantes são estratégias que visam preservar a função endotelial e reduzir a incidência de eventos cardiovasculares. Portanto, a identificação e monitoramento contínuo desses biomarcadores representam ferramentas valiosas na prevenção e manejo das DCV.

