EPIGENÉTICA E RISCO CARDIOVASCULAR: BIOMARCADORES PROMISSORES PARA DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO

Autores

  • Abraão Telles Rocha
  • Clara Machado Rodrigues
  • Fernando Silva Santos
  • Jaqueline Rossi Marim
  • Lee Anderson Cruvinel Campos
  • Marianne Basseto Braga Araujo
  • Renard Fernandes Dias
  • Valesca Antunes Marques
  • Graziella Tarsitano Wiggert
  • Marcus Vinicius Iglesias de Souza

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p28

Palavras-chave:

Biomarcadores, Epigenética, Doenças cardiovasculares, Metilação do DNA, MicroRNAs

Resumo

Os biomarcadores epigenéticos têm emergido como ferramentas promissoras na predição de eventos cardiovasculares, proporcionando uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes às doenças cardiovasculares (DCV). A epigenética estuda modificações hereditárias na expressão gênica sem alteração na sequência do DNA, sendo os principais mecanismos envolvidos a metilação do DNA, modificações pós-traducionais das histonas e a regulação por RNA não codificante, como microRNAs (miRNAs) e longos RNAs não codificantes (lncRNAs).  A metilação do DNA, por exemplo, desempenha um papel essencial na regulação de genes associados à inflamação, estresse oxidativo e disfunção endotelial, processos centrais na aterogênese. Estudos demonstram que padrões específicos de metilação em genes como *LINE-1* e *APOE* estão associados a maior risco cardiovascular. Da mesma forma, modificações nas histonas, como a acetilação e metilação de H3K27 e H3K9, afetam a expressão de genes relacionados à homeostase vascular.  Além disso, miRNAs e lncRNAs regulam processos essenciais na progressão da aterosclerose e insuficiência cardíaca. Por exemplo, o miR-126 está envolvido na angiogênese e proteção endotelial, enquanto o miR-21 tem sido associado à fibrose cardíaca e hipertrofia ventricular. Esses biomarcadores epigenéticos são detectáveis em fluidos biológicos, como sangue e saliva, possibilitando o desenvolvimento de testes não invasivos para estratificação de risco cardiovascular.  A aplicabilidade clínica desses biomarcadores ainda enfrenta desafios, como a padronização de métodos de detecção e a validação de sua utilidade preditiva em diferentes populações. No entanto, a integração de biomarcadores epigenéticos com outros indicadores clínicos e genéticos poderá revolucionar a medicina personalizada, permitindo estratégias preventivas mais eficazes para pacientes em risco de eventos cardiovasculares adversos. 

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Rocha, A. T. ., Rodrigues, C. M. ., Santos, F. S. ., Marim, J. R. ., Campos, L. A. C. ., Araujo, M. B. B. ., Dias, R. F. ., Marques, V. A. ., Wiggert, G. T. ., & Souza, M. V. I. de . (2025). EPIGENÉTICA E RISCO CARDIOVASCULAR: BIOMARCADORES PROMISSORES PARA DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO. Epitaya E-Books, 1(104), 28-43. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p28

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