TELEMEDICINA EM CARDIOLOGIA: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A CONSULTA REMOTA

Autores

  • Maria Yannick De Montreuil Carmona
  • Bárbara Fernandes Maranhão
  • Fabrícia Coutinho Nammur Guena
  • Graziela Fumie Nogata
  • Karen Karoliny Santini
  • Marcelo Vianna de Lima
  • Patrícia Almeida Lira Santos Veiga
  • Thiago Rabello Santos
  • Marcella dos Santos Pinto Chagas
  • Geraldo José Bensabath Filho
  • Romero Gomes de Lima

DOI:

https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p375

Palavras-chave:

Telemedicina, Cardiologia, Serviços de saúde remotos, Cuidados cardiovasculares, Tecnologia da informação em saúde

Resumo

A telemedicina tem se consolidado como uma importante ferramenta no cuidado cardiovascular, especialmente após o impulso causado pela pandemia de COVID-19. Em cardiologia, a consulta remota tem permitido ampliar o acesso a especialistas, reduzir filas de espera e oferecer continuidade do cuidado em regiões remotas ou com escassez de recursos. Entre as principais vantagens da telemedicina destacam-se a conveniência para o paciente, a redução de custos com deslocamentos e internações, e a possibilidade de acompanhamento regular de pacientes com doenças cardiovasculares crônicas, como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Além disso, a utilização de tecnologias como dispositivos portáteis para monitoramento da pressão arterial, frequência cardíaca e eletrocardiogramas tem contribuído para diagnósticos mais precisos e intervenções precoces. Contudo, existem limitações importantes a serem consideradas. A ausência do exame físico completo pode comprometer a acurácia diagnóstica em alguns casos, exigindo uma triagem criteriosa para definição da melhor modalidade de atendimento. A falta de infraestrutura tecnológica adequada, tanto por parte dos pacientes quanto dos serviços de saúde, representa uma barreira significativa, sobretudo em populações mais vulneráveis. Questões relacionadas à privacidade, confidencialidade dos dados e segurança da informação também são desafios éticos e legais que precisam ser enfrentados com regulamentação apropriada e investimento em sistemas seguros. A interação médico-paciente na teleconsulta, embora eficaz em muitos casos, pode ser limitada pela falta de contato humano direto, afetando a construção da empatia e da confiança, especialmente em pacientes idosos ou com baixo letramento digital. Portanto, embora a telemedicina em cardiologia apresente benefícios consideráveis, ela deve ser vista como uma ferramenta complementar ao atendimento presencial, com diretrizes claras sobre suas indicações e limitações. O uso criterioso, aliado à capacitação dos profissionais e à inclusão digital dos pacientes, é essencial para garantir qualidade, equidade e segurança na assistência remota em cardiologia.

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Publicado

2025-06-05

Como Citar

Carmona, M. Y. D. M. ., Maranhão, B. F. ., Guena, F. C. N. ., Nogata, G. F. ., Santini, K. K. ., Lima, M. V. de ., Veiga, P. A. L. S. ., Santos, T. R. ., Chagas, M. dos S. P. ., Bensabath Filho, G. J. ., & Lima , R. G. de . (2025). TELEMEDICINA EM CARDIOLOGIA: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A CONSULTA REMOTA. Epitaya E-Books, 1(104), 375-390. https://doi.org/10.47879/ed.ep.2025936p375

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